26 de janeiro de 2015

REBECA, A 2ª MATRIARCA - 4º E 5º ANOS

Apresentei aos alunos a história da 2ª matriarca, Rebeca. contei a história, assim como fiz com a história de Sara, também retira do texto sagrado, a Torá.
Gênesis 24
1 Abraão já era velho, de idade bem avançada, e o ­Senhor em tudo o aben­çoara.
2 Dis­se ele ao servo mais velho de sua casa, que era o responsável por tudo quanto tinha: "Ponha a mão debaixo da minha coxa
3 e jure pelo Se­nhor, o Deus dos céus e o Deus da terra, que não buscará mulher para meu filho entre as filhas dos cana­neus, no meio dos quais estou vivendo,
4 mas irá à minha terra e buscará entre os meus parentes uma mulher para meu filho Isaque".
5 O servo lhe perguntou: "E se a mulher não quiser vir comigo a esta terra? Devo então levar teu filho de volta à terra de onde vieste?"
6 "Cuidado!", disse Abraão, "Não deixe o meu filho voltar para lá.
7 "O Senhor, o Deus dos céus, que me tirou da casa de meu pai e de minha terra natal e que me prometeu sob juramento ­que à minha descendência daria esta terra, enviará o seu anjo adian­te de você para que de lá traga uma mulher para meu filho.
8 Se a mulher não quiser vir, você estará livre do jura­mento. Mas não leve o meu filho de volta para lá."
9 Então o servo pôs a mão debaixo da coxa de Abraão, seu senhor, e jurou cumprir aque­la palavra.
10 O servo partiu, com dez camelos do seu senhor, levando também do que o seu senhor tinha de melhor. Partiu para a Mesopotâmia, em direção à cidade onde Naor tinha morado.
11 Ao cair da tarde, quando as mulheres costumam sair para buscar água, ele fez os camelos se ajoelha­rem junto ao poço que ficava fora da cidade.
12 Então orou: "Senhor, Deus do meu senhor Abraão, dá-me neste dia bom êxito e seja bondoso com o ­meu senhor Abraão.
13 Co­mo vês, estou aqui ao lado desta fonte, e as jovens do povo desta cidade estão vindo para tirar água.
14 Concede que a jovem a quem eu disser: Por favor, incline o seu cântaro e dê-me de be­ber, e ela me responder: 'Bebe. Também darei água aos teus camelos', seja essa a que escolhes­te para teu servo Isaque. Saberei assim que ­foste bondoso com o meu senhor".
15 Antes que ele terminasse de orar, surgiu Rebeca, filha de Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, irmão de Abraão, trazendo no ombro o seu cântaro.
16 A jovem era muito bonita e vir­gem; nenhum homem tivera relações com ela. Rebeca desceu à fonte, encheu seu cântaro e voltou.
17 O servo apressou-se ao encontro dela e disse: "Por favor, dê-me um pouco de água do seu cântaro".
18 "Beba, meu senhor", disse ela, e tirou rapidamente dos ombros o cântaro e o serviu.
19 Depois que lhe deu de beber, disse: "Ti­rarei água também para os seus camelos até saciá-los".
20 Assim ela esvaziou depressa seu cântaro no bebedouro e correu de volta ao poço para tirar mais água para todos os camelos.
21 Sem dizer nada, o homem a observava atenta­mente para saber se o Senhor tinha ou não co­roado de êxito a sua missão.
22 Quando os camelos acabaram de beber, o homem deu à jovem um pen­dente de ouro de seis gramas e duas pulseiras de ouro de cento e vinte gramas,
23 e perguntou: "De quem você é filha? Diga-me, por favor, se há lugar na casa de seu pai para eu e meus companhei­ros passarmos a noite".
24 "Sou filha de Betuel, o filho que Milca deu a Naor", respondeu ela;
25 e acrescen­tou: "Temos bastante palha e forragem, e também temos lugar para vocês passarem a noite".
26 Então o homem curvou-se em adoração ao Senhor,
27 dizendo: "Bendito seja o Senhor, o Deus do meu senhor Abraão, que não retirou sua bondade e sua fidelidade do meu senhor. Quanto a mim, o Senhor me conduziu na jorna­da até a casa dos parentes do meu senhor".
28 A jovem correu para casa e contou tudo à família de sua mãe.
29 Rebeca tinha um irmão chamado Labão. Ele saiu apressado à fonte para conhecer o homem,
30 pois tinha visto o penden­te e as pulseiras no braço de sua irmã, e ouvira Rebeca contar o que o homem lhe dissera. Saiu, pois, e foi encontrá-lo parado junto à fonte, ao lado dos camelos.
31 E disse: "Venha, bendito do Senhor! Por que ficar aí fora? Já arrumei a casa e um lugar para os camelos".
32 Assim o homem dirigiu-se à casa, e os camelos foram descarrega­dos. Deram palha e forragem aos camelos, e água ao homem e aos que estavam com ele para lavarem os pés.
33 De­pois lhe trouxeram comida, mas ele disse: "Não comerei enquanto não disser o que tenho para dizer". Disse Labão: "Então fale".
34 E ele disse: "Sou servo de Abraão.
35 O Senhor o abençoou muito, e ele se tornou mui­to rico. Deu-lhe ovelhas e bois, prata e ouro, servos e servas, camelos e jumentos.
36 Sara, mulher do meu senhor, na velhice lhe deu um filho, que é o herdeiro de tudo o que Abra­ão possui.
37 E meu senhor fez-me jurar, dizendo: 'Você não buscará mulher para meu filho entre as filhas dos cana­neus, em cuja terra estou vi­vendo,
38 mas irá à família de meu pai, ao meu pró­prio clã, buscar uma mulher para meu filho'.
39 "Então perguntei a meu senhor: E se a mulher não quiser me acompa­nhar?
40 "Ele respondeu: 'O Senhor, a quem tenho servido, enviará seu anjo com você e coroará de êxito a sua missão, para que você traga para meu filho uma mulher do meu próprio clã, da família de meu pai.
41 Quando chegar aos meus parentes, você estará livre do juramento se eles se recusarem a entregá-la a você. Só então você estará livre do juramento'.
42 "Hoje, quando cheguei à fonte, eu disse: Ó Senhor, Deus do meu senhor Abraão, se assim desejares, dá êxito à missão de que fui incumbido.
43 Aqui estou em pé diante desta fon­te; se uma moça vier tirar água e eu lhe disser: Por favor, dê-me de beber um pouco de seu cântaro,
44 e ela me responder: 'Bebe. Também darei água aos teus came­los', seja essa a que o Senhor escolheu para o filho do meu senhor.
45 "Antes de terminar de orar em meu cora­ção, surgiu Rebeca, com o cântaro ao ombro. Dirigiu-se à fonte e tirou água, e eu lhe disse: Por favor, dê-me de beber.
46 "Ela se apressou a tirar o cântaro do ombro e disse: 'Bebe. Também darei água aos teus camelos'. Eu bebi, e ela deu de beber tam­bém aos camelos.
47 "Depois lhe perguntei: De quem você é filha? "Ela me respondeu: 'De Betuel, filho de Naor e Milca'. "Então coloquei o pendente em seu nariz e as pulseiras em seus braços,
48 e curvei-me em adoração ao Senhor. Bendisse ao ­Senhor, o Deus do meu senhor Abraão, que me guiou pelo caminho certo para buscar para o filho dele a neta do irmão do meu senhor.
49 Agora, se quise­rem mos­trar fidelidade e bondade a meu senhor, digam-me; e, se não quiserem, digam-me tam­bém, para que eu decida o que fazer".
50 Labão e Betuel responderam: "Isso vem do Senhor; nada lhe po­demos dizer, nem a favor, nem contra.
51 Aqui está Rebeca; leve-a com você e que ela se torne a mulher do filho do seu senhor, como disse o Senhor".
52 Quando o servo de Abraão ouviu o que disseram, curvou-se até o chão diante do Se­nhor.
53 Então o servo deu joias de ouro e de prata e vestidos a Rebeca; deu também presentes valiosos ao irmão dela e à sua mãe.
54 Depois ele e os homens que o acompanhavam comeram, beberam e ali passaram a noite.
Ao se levantarem na manhã seguinte, ele disse: "Deixem-me voltar ao meu senhor".
55 Mas o irmão e a mãe dela responderam: "Deixe a jovem ficar mais uns dez dias conosco; então você poderá partir".
56 Mas ele disse: "Não me detenham, agora que o Senhor coroou de êxito a minha missão. Vamos despedir-nos, e voltarei ao meu senhor".
57 Então lhe disseram: "Vamos chamar a jovem e ver o que ela diz".
58 Chamaram Rebeca e lhe perguntaram: "Você quer ir com este homem?"
"Sim, quero", respondeu ela.
59 Despediram-se, pois, de sua irmã Rebeca, de sua ama, do servo de Abraão e ­dos que o acom­panhavam.
60 E abençoaram Rebeca, dizendo-lhe: "Que você cresça, nossa irmã, até ser milhares de milhares; e que a sua descendência conquiste as cidades dos seus inimigos".
61 Então Rebeca e suas servas se apronta­ram, montaram seus camelos e partiram com o homem. E assim o servo partiu levando Rebeca.
62 Isaque tinha voltado de Beer-Laai-Roi, pois habitava no Neguebe.
63 Certa tarde, saiu ao campo para meditar. Ao erguer os olhos, viu que se aproximavam camelos.
64 Rebeca também ergueu os olhos e viu Isaque. Ela desceu do camelo
65 e perguntou ao servo: "Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encon­tro?"
"É meu senhor", respondeu o servo. Então ela se cobriu com o véu.
66 Depois o servo contou a Isaque tudo o que havia feito.
67 Isaque levou Rebeca para a tenda de sua mãe, Sara; fez dela sua mulher, e a amou; assim Isaque foi consolado após a morte de sua mãe.


http://www.beitfortaleza.com.br/biblia/index.php

Conversamos sobre esta história e vimos o que havia de parecido com a história de Sara, logo em seguida para que os alunos pudessem saber como é este cenário de deserto, vestimenta, submissão pela fé.


Logo em seguida entreguei aos alunos uma imagem em desenho de Rebeca e outra de Isaque. Baseado na história que ouviram tinham que criar um cenário para estas imagens.


Os alunos pintara, recortaram e colaram as roupas e depois colaram no caderno,








25 de janeiro de 2015

SARA, A 1ª MATRIARCA - 4º E 5º ANOS

Para iniciar as atividades sobre o tema: A mulher nas tradições religiosas, iniciei contando a história de Sara, segundo o texto sagrado da Torá. Segue o texto, realizei várias vezes a leitura para que pudesse contar aos alunos sem o texto em mãos.


Sara, a primeira matriarca do povo judeu, nasceu na Mesopotâmia, no século XIX antes da E.C. Chamava-se Sarai, que significa “minha princesa”, era filha de Haran, irmão de Abraham (nascido Avram). Sara casa-se com Abraham, dez anos mais velho que ela, acompanha-o de Ur para Haran e mais tarde para Canaã, sempre levando seu irmão Lot.
Devido à sua incomparável beleza é identificada na Agadah como “Iscah”, que quer dizer “olhar”, pois jamais existiu beleza igual à dela. Sua formosura era tão renomada que, recentemente, foi encontrado um texto nos pergaminhos do Mar Morto, descrevendo com detalhes a incrível perfeição de seus traços.
Nossos primeiros patriarca e matriarca são símbolo de união, confiança e respeito entre o casal. Tinham os mesmos ideais elevados. Em sua tenda, Sara ensinava monoteísmo às mulheres, enquanto Abraham pregava aos homens. Este estava sempre pronto para receber com honras os visitantes que passavam por sua tenda e Sara apressava-se em servi-los com esmero. Formavam um par indivisível que, lado a lado, atuava na vontade do Criador.
Sara transformou seu lar em um santuário espiritual e foi merecedora de três milagres que se mantiveram em sua tenda até o dia de sua morte. Uma nuvem protetora, representando a presença Divina, permanecia constantemente sobre sua tenda. A massa com que ela preparava o pão era abençoada, de modo que seus convidados comiam e ficavam saciados por muito tempo. Ela estava repleta de qualidade espiritual que sacia muito mais do que a fome física. Finalmente, suas velas permaneciam acesas de um Shabat a outro. A chama da santidade nunca se extinguia ou diminuía.
O lar judaico é considerado por nossos sábios como o microcosmo do Beit Hamikdash. De fato, os milagres do lar de Sara têm paralelo com os do Templo Sagrado. Em ambos a presença Divina se manifesta. Tanto na tenda de Sara, quanto no lar de D’us. 
O pão do Templo permanecia fresco por toda a semana e era fonte de sustento e prosperidade para toda a nação. A chama das velas da Menorá a oeste do Templo permanecia acesa até sua substituição no dia seguinte.
Irradiava da tenda de Sara a potencialidade ilimitada de todo lar judeu.
A Torá nos conta que, devido a um período de grande fome na Terra de Canaã, Sara e Abrão, obedecendo uma ordem Divina, dirigem-se ao Egito em busca de comida. Abrão logo nota a baixa espiritualidade daquele povo e pede a Sara que diga ser sua irmã, pois teme que por causa de sua grande beleza eles o matem para tomá-la. Antes disso, porém, ele a esconde em um grande baú, o que acaba por despertar a curiosidade dos guardas alfandegários egípcios. Abrão lhes oferece qualquer valor em troca de preservar o baú fechado. Os guardas, porém, forçam-no a abri-lo e ficam maravilhados com a extraordinária beleza daquela mulher. Ela tinha na época 65 anos e a beleza de uma mulher de vinte.
Como Sara e seu marido haviam combinado, ela diz aos egípcios que deseja se casar com um homem abastado que obtenha o consentimento de seu “irmão”. Para conceder a mão de Sara, Abrão exigiu uma imensa fortuna, para que ninguém pudesse pagar. O que ele não previu é que o Faraó a desejasse, pagasse a quantia exigida e a levasse ao seu castelo. Assim mesmo, nosso patriarca não temeu por sua esposa, pois sabia que a Presença Divina estava com ela. Ele viu que um anjo acompanhava Sara durante toda sua caminhada ao Egito e sabia que, ao contrário de si mesmo, ela estava protegida.
Sempre que o Faraó se aproximava de Sara, um anjo lhe batia. Todos os moradores do castelo foram atingidos por terríveis infecções de pele e o próprio Faraó ficou impotente. Ele não podia tocar em Sara, pois D’us a protegia para garantir que ela cumprisse a missão que apenas uma mulher justa, de sua posição, poderia. O Faraó não tardou em perceber o que ocorrera. Temeroso do D’us de Sara, deixou que ela partisse com seu marido levando as riquezas adquiridas no Egito, além de sua filha Agar como escrava. Fato muito semelhante a este volta a acontecer mais tarde com Abraham e Sara em Guerar (pouco antes do nascimento de Isaac), cujo rei Abimelech também a deseja, mas, a exemplo do rei do Egito, assustado, acaba por deixá-los partir com muitas riquezas.
Sara era estéril e, após muitos anos de casamento, em um ato de abnegação, pede a Abraham que se deite com sua escrava Agar para que ele possa ter um filho e, portanto um herdeiro. Abraham consente e nasce Ismael. A fiel Agar, a princesa egípcia que abandonou sua vida no palácio pelo mérito de servir Sara, torna-se arrogante e passa a sentir-se superior. O relacionamento entre elas torna-se insuportável e Agar foge, mas um anjo intervém e a convence a aceitar Sara como sua ama, servi-la e respeitá-la. Abraham tem 99 anos e Ismael treze quando D’us aparece a Abraham e pede que ele, seu filho e todos os seus homens façam a circuncisão (a aliança de D’us com o povo judeu) e lhe promete um filho com Sara. Antes, porém, é necessário mudar seus nomes pois como Avram (pai de Aram, subentendo-se pai do povo de Aram) e Sarai eles não teriam filhos. Recebem o nome de Abraham, (Av Hamon Goyim - pai de todos os povos) e Sara, que significa princesa (a princesa de todos e não só a “minha princesa”, a de Abraham, subentendendo-se que agora o conceito é universal).
A promessa de que Sara será mãe aos 90 anos é repetida a Abraham quando os anjos visitam sua tenda, antes da destruição de Sodoma e Gomorra. Tanto Sara quanto Abraham riem ao tomar conhecimento da incrível notícia, por esta razão seu filho será chamado Isaac (que rirá).
Surpresa e incrédula, ao rir, ela faz um comentário a respeito de seu corpo, biologicamente já envelhecido para a fecundidade, e da velhice de seu marido. D’us, ao comentar o fato com Abraham, omite as palavras de sua esposa sobre a velhice de seu marido, no intuito de evitar qualquer discórdia entre o casal, como exemplo de uma grande mitzvá no judaísmo, que é fazer a paz entre o casal.
No judaísmo nada é acidental. Um nome alterado, especialmente quando feito pelo Divino, tem um peso repleto de significado e simbolismo.
O nome de uma pessoa não é apenas uma palavra pela qual se é chamado, mas sim uma descrição de sua caracterização espiritual. No momento em que os pais dão um nome judaico a seu filho são abençoados com um espírito profético que lhe permite chamá-lo com o nome que representa a sua essência e sua missão espiritual.
Quando uma pessoa está seriamente doente é o reflexo de que sua alma está fraca. Acrescentando-lhe um nome que sugira longevidade, como Haim (vida), ou Rafael (cura), espera-se acrescentar a energia espiritual perdida e livrar a doença de seu corpo físico.
No caso de Abraham e Sara, a sutil alteração de seu nome, feita diretamente por D’us, permitiu que seu destino de casal estéril fosse alterado.
Exatamente um ano após a profecia, Sara milagrosamente gera Isaac. Em meio a tanta alegria, más línguas espalham rumores sobre a origem do recém-nascido.
Surge o boato de que ele havia sido adotado ou de que era o filho de Sara com Abimelech, o rei de Guerar. Para dissipar qualquer dúvida, ela convida as mulheres para visitá-la e amamenta seu filho e até o de outras diante de seu olhar incrédulo. Quanto a Abraham, Isaac se pareceria cada vez mais com ele.
Isaac tinha dois anos quando Sara notou que as atitudes de Ismael eram extremamente imorais. Percebendo a péssima influência que ele poderia ser para o seu filho, pressionou seu marido a expulsá-lo, juntamente com sua mãe Agar. Intuitivamente, ela soube que a presença de Ismael desviaria Isaac de sua sagrada missão junto ao povo judeu. Porém Abraham, tomado por seu amor paterno, rejeitou o pedido de sua esposa.
É necessária a interferência Divina, confirmando a correta percepção de Sara, para que ele compreenda. D’us diz a Abraham: “Ouça tudo o que Sara lhe diz”. Essa é a confirmação de que Sara é espiritualmente mais elevada que Abraham quanto à sua habilidade profética, especialmente em identificar a fonte espiritual de uma alma.
Embora Abraham tivesse alcançado um nível espiritual elevadíssimo, a ponto de ser chamado de o “Príncipe de D’us”, sabia que em muitos aspectos Sara lhe era superior.
Em seu tributo a Sara, declamou “Eshet Chayil” - o poema “A mulher de valor” -, que é recitado na noite de Shabat, antes do kidush sobre o vinho. A canção inicia: “Uma mulher de valor quem encontrará, ela é mais preciosa do que pérolas...”
D’us dirigiu-se diretamente a Sara uma única vez e usou apenas três palavras: “Não, você riu”, referindo-se à sua reação quando soube que teria um filho. Era suficiente para que ela compreendesse e se refinasse ainda mais. Pelo mérito de D’us ter-lhe dirigido estas três palavras, é considerada uma das sete profetisas.
Sara morre aos 127 anos, possivelmente de susto, ao ser avisada do sacrifício de Isaac. É enterrada na caverna de Machpelah, em Hebron, legalmente adquirida por Abraham para servir de túmulo à sua família.
Sara obteve em sua vida tão alto nível de integridade, que todos os seus anos eram iguais em qualidade. Aos cem anos ela estava tão longe da possibilidade de pecar quanto aos vinte anos.
Todos os dias de Sara eram bons. Com nossa primeira matriarca aprendemos que uma “vida boa” não é necessariamente uma vida fácil e confortável. Devemos servir ao Criador com alegria mesmo quando não colhemos os frutos de nosso trabalho em nossos dias. E mesmo que as dificuldades nos impeçam de rir, ainda devemos enfrentar a vida com serenidade .
Bibliografia

“Finding the woman of value” Rivka Zakutinsky - Aura Pres"

“The crown of creation” Chana Weisberg - Mosaic Press

Encyclopedia Judaica Jerusalem The Mac Millan Company - Nova York

Após realizar a leitura conversamos sobre algumas partes desta história sagrada para os judeus. Sublinhei as frases para que vocês pudessem saber sobre o que conversamos. Falamos sobre a idade de Sara e a obediência  e o temor a D'us. 
Foi apresentado também o vídeos aos alunos:



Foi solicitado aos alunos que ouvindo a história desta mulher escolhessem uma parte marcante e fizessem a ilustração.

Esta aula foi mais de conversa e conhecimento, os alunos viram o quanto Sara e Abraão eram tementes a Deus.

AS 4 MATRIARCAS DO JUDAÍSMO

Por que nossas Matriarcas eram estéreis e tiveram de ver seus próprios maridos se casarem com escravas pois, a princípio, estavam privadas de ter filhos?
Resposta:
Até a época de nosso Patriarca Avraham, o politeísmo dominava o mundo. Avraham foi o primeiro a reconhecer um D’us único, o Criador do Universo. Por isso, foi escolhido por D’us como o pai do povo eleito. D’us o fez passar por dez provas que comprovaram sua fidelidade. Por sua dedicação, D’us elevou Avraham e seus descendentes acima das forças da Natureza; estas não têm domínio sobre o povo judeu. Isto é aprendido no Midrash sobre o versículo: "[D’us] tirou-o [Avraham] para fora." Explicam nossos sábios: D’us o colocou acima das influências da Natureza e ele ficou apenas sob influência direta da Divina Providência.


As quatro Matriarcas, Sara, Rivca, Rachel e Lea eram estéreis para demonstrar que seus filhos, os ancestrais das tribos formadoras do povo judeu, não nasceram de forma natural, e sim com a força do milagre da Divina Providência; desta forma seus descendentes, o povo de Israel, nunca estaria sob as influências das forças da Natureza.
Uma outra explicação parecida é dada para a esterilidade das Matriarcas: Avraham e Sara, apesar de monoteístas, descendiam de idólatras. Isto poderia ter influência direta sobre seus descendentes, pois no momento em que alguém pratica a idolatria ou delito semelhante, um espírito de impureza envolve sua alma, desligando-se desta somente se a pessoa fizer teshuvá, retornar ao bom caminho. Este espírito de impureza pode passar para sua prole, conforme explicam os livros cabalísticos. Portanto, D’us fez com que Avraham e Sara fossem estéreis para que seus filhos nascessem de forma milagrosa, não permitindo assim que o espírito idólatra de seus ancestrais passasse para eles, pois vieram ao mundo não por meio de nascimento natural. O mesmo ocorreu com Rivca, filha de Betuel, Rachel e Lea, filhas de Lavan, cujos pais também eram adeptos da idolatria.
Mesmo sabendo disto, Sara, que era profetisa, não entendia por que demorava tanto tempo para que este milagre prometido por D’us se concretizasse. Ela entendeu que para que lhes nascesse um filho seria necessário não apenas um milagre, mas também que Avraham se purificasse de toda e qualquer influência negativa que poderia estar ligada a sua alma proveniente de sua ascendência. O segundo patriarca, Yitschac, por ter sido oferecido como sacrifício para D’us, tinha santidade tal que não se casou com uma segunda mulher.
Já Yaacov, que vinha de uma ascendência completamente sagrada, teve até mesmo com as escravas filhos justos que foram todos ancestrais do povo que iria receber a Torá no Monte Sinai, passando a ser assim o povo eleito.
Uma vez que Yaacov amava mais Rachel, D’us antecipou o milagre de Lea e, apesar dela ser estéril, D’us abriu seu ventre.
D’us também esperava que as Matriarcas rezassem e pedissem pela Misericórdia Divina para que gerassem filhos. Isto tornou-se uma demonstração clara e um exemplo através dos tempos de que é possível, através das preces e confiança N’ele, que seus pedidos sejam atendidos tornando-se recipientes apropriados para receberem a bênção de gerar filhos.


Além disto, a medicina avançou muito ao longo dos anos possibilitando que seja utilizada em benefício da humanidade. É preciso saber como e o que é permitido através da Torá, consultando um rabino bem versado na Halachá, Lei Judaica.

SUGESTÃO DE PLANEJAMENTO PARA O 2º TRIMESTRE

Segue mais uma sugestão pra o planejamento do 2º trimestre, de acordo com os documentos oficiais da Secretaria Municipal de Curitiba.








23 de janeiro de 2015

SUGESTÃO DE PLANEJAMENTO PARA O 1º TRIMESTRE

Segue a sugestão de planejamento para as aulas de Ensino Religioso baseado nos documentos oficiais da SME de Curitiba.
O planejamento é do 1º ao 5º ano com seus respectivos conteúdos e critérios de avaliação.







22 de janeiro de 2015

DIREITOS HUMANOS, SEGUNDO ZIRALDO

A História nos ensina muita coisa.


Confira este material que está no site Dia a dia educação, é um material maravilhoso que pode ser trabalhado para iniciarmos as atividades com Ensino Religioso, segue aqui uma palha de 2 páginas e uma página para aguçar sua curiosidade...

"Uma  delas é que as pessoas já tiveram que viver em tempos e lugares onde só valia a lei do mais forte.
Essas pessoas não tinham nenhuma segurança. Corriam risco de vida. Não tinham garantias de conseguir comida e água; não tinham lugar para morar; eram impedidas de entrar ou passar por certos lugares; não podiam trabalhar; não podiam aprender a ler; não podiam dizer o nome de seus deuses; eram desrespeitadas só por causa de sua origem ou raça.
Sofriam isso e muito mais!"





OS DIREITOS HUMANOS, SEGUNDO ZIRALDO

21 de janeiro de 2015

DIVERSIDADE RELIGIOSA



https://www.youtube.com/watch?v=g4mMruWwI8Y
Trecho retirado da Cartilha da Declaração dos Direitos Humanos


Nos dias de hoje,  muito se tem falado mundialmente sobre o respeito à religião do outro.  Sobre como cada um tem direito de  ter a sua crença. Então para que possamos passar esta mensagem também para nossos alunos,  fica a dica de alguns videos muito legais.


https://www.youtube.com/watch?v=dIZkLBDYYWI


Fica ai a dica!!!!!



SÃO BENEDITO E OXÓSSI, O QUE TEM EM COMUM?


Oxóssi é a Divindade que está assentada no pólo positivo do Trono do Conhecimento.

Oxóssi irradia o Conhecimento e atua em nosso mental estimulando nossa busca pelo conhecimento no sentido mais amplo da palavra, de modo a expandir todos os Sentidos da nossa vida. Ele também ampara os seres que fazem bom uso dos conhecimentos adquiridos (aplicando-os para a própria evolução e no esclarecimento e auxílio ao próximo).

Por isso, Oxóssi representa o arquétipo do Grande Caçador: aquele que vai buscar e nos traz o Conhecimento e respostas inteligentes às nossas necessidades de aprendizado e evolução.

Oxóssi é o raciocínio hábil, o cientista, o doutrinador, é o grande comunicador, é a Divindade da Expansão.  
É o Senhor do Reino Vegetal, dono de todos os frutos, ervas e flores e de toda a vida existente nas florestas, campos, matas e adjacências. É o Senhor da fauna e da flora planetárias.

Seu primeiro Elemento de atuação é o Vegetal (que nos purifica, limpa, nutre e cura) e o seu segundo Elemento é o Ar (que leva, espalha e expande).

Seu culto é muito difundido no Brasil.

HISTÓRIA

Na África, Oxóssi era cultuado basicamente no Keto, Nação praticamente destruída no século XIX, pelas tropas do então rei do Daomé. Então, os filhos consagrados a Oxóssi foram vendidos como escravos no Brasil, nas Antilhas e em Cuba. E assim o culto a Oxóssi na África foi praticamente esquecido.

No Candomblé, Oxóssi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá. É a Divindade da caça, que vive nas florestas, e cujos principais símbolos são o arco e flecha (Ofá) e um rabo de boi (Eruexim). Foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados.

Sua dança, de ritmo “corrido”, simula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda. Ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, e que às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.

Em algumas lendas do culto de Nação, Oxóssi aparece como irmão de Ogum e de Exu.

Isso acontece porque Oxóssi, Ogum e Exu, entre outros atributos, são vistos na cultura africana como guerreiros e caçadores, pois sempre vão à frente, buscando e abrindo caminhos; embora Oxóssi seja o Caçador por excelência.

É importante lembrar que o culto de Orixá vem da África, de uma cultura tribal, na qual os homens saíam para caçar, quando não viviam da agricultura. E quem sai para caçar e trazer alimento para a tribo é o caçador.

Mas numa vida tribal, o caçador também é o guerreiro que enfrenta os perigos da floresta e depois traz alimento e informações para o grupo. O caçador não saía apenas para buscar alimento, ele também ia buscar conhecimentos (sobre a região, sobre os animais e a floresta, sobre outras tribos etc.). Havia situações em que ele ficava vários dias ausente, e na volta trazia as novidades, as notícias.

E quando um grupo saía para caçar, alguns se ocupavam com a caça, enquanto outros ficavam em torno, para proteger os caçadores. Estes que faziam a proteção atuavam como guardiões, tendo uma relação com o Orixá Exu, pois ficavam escondidos no escuro da mata, adiantavam-se, e depois passavam para os caçadores informações seguras sobre o caminho a seguir.

E cada vez que o grupo avançava, um seguia na frente. Era o mateiro, aquele que ia à frente do grupo com um facão para abrir o caminho, tendo uma relação com o Orixá Ogum. Tudo isso explica porque Oxóssi, Ogum e Exu são considerados irmãos, dentro do Culto de Nação. Eles têm Qualidades ou atributos semelhantes, que os tornam “irmãos”.

E sendo Ogum também o Orixá do ferro, foi dele que Oxóssi recebeu suas armas de caçador, nascendo aqui outro ponto de ligação entre ambos.

Vale lembrar que na Umbanda Oxóssi é sincretizado com São Sebastião. Mas no

Candomblé baiano está sincretizado com São Jorge e Ogum. Ocorre que tanto São Sebastião quanto São Jorge foram soldados do Imperador romano Diocleciano, que muito perseguiu e matou os cristãos. São Sebastião e São Jorge foram soldados, tinham a mesma função, e isso também lembra a questão da “irmandade” de Oxóssi e Ogum, tratada no culto de Nação. Por outro lado, São Jorge “caçava o dragão”, perseguiu-o até derrotá-lo, e isso nos mostra outro aspecto desse guerreiro e sua “irmandade” com Oxóssi.

Ainda dentro desses conceitos de Nação, Oxóssi vive na floresta, onde moram os espíritos.

Está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas lhe pertencem e representam os antepassados femininos. Relaciona-se com os animais em geral, imitando seus gritos com perfeição. É o caçador valente, ágil e generoso, que propicia a caça, domina a flora e a fauna e protege contra o ataque das feras. Gera o sustento, a alimentação abundante, o progresso e a riqueza para o homem. Neste sentido se diz que

Oxossi é o que basta a si mesmo.

A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum.

Diz um mito que Oxóssi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casou-se com ela e tiveram muitos filhos, mas depois se separaram e seus filhos foram criados por Oxum. Abandonado por Iansã, Oxóssi se torna “um solitário solteirão” que vive nas matas fechadas, também porque, como caçador, tinha de se afastar das mulheres, consideradas nefastas à caça.

Esses mitos revelam vários significados.

Primeiro, as principais Qualidades do Orixá Oxóssi estão voltadas para o campo mental, na busca e aprimoramento do Sentido do Conhecimento. E o seu domínio sobre as matas fechadas traz a simbologia da atuação desse Orixá sobre a pureza do vegetal, que nos limpa, cura e nos realimenta. Isso explicaria o “isolamento” e “a solidão” de Oxóssi.

Por outro lado, a união de Oxóssi com Iansã representa o papel direcionador e movimentador da Mãe Iansã no campo do Conhecimento (regido por Oxóssi), para facilitar a expansão e a difusão desse Conhecimento. E a união de Oxóssi com Oxum representa que a busca do Conhecimento precisa estar equilibrada pelo Amor (regido por Oxum), para nos trazer benefícios reais. Estes dois mitos evidenciam que os Orixás atuam de forma sistêmica, nada está isolado na Criação Divina.

As lendas eram uma forma de se perpetuar o culto aos Orixás. Falavam sobre as várias Qualidades de cada Orixá, mas de um modo que os “humanizava”, ou seja, as lendas falavam sobre o Orixá a partir de um ponto de vista humano, para que todas as pessoas que as ouvissem se identificassem com o relato, de forma que a tradição, que era passada de boca a ouvido, não fosse esquecida.

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21 DE JANEIRO, DIA MUNDIAL DA RELIGIAO

No dia 21 de janeiro é comemorado o dia mundial da religião. A criação da data foi com o objetivo de promover a união de todas as religiões existentes no mundo, levando mais fé e esperança ao povo.

A ideia entrou em vigor a partir de 1949, através da Assembleia Espiritual Nacional.

A palavra religião vem do latim “religio,onis” e seu significado define-a como o conjunto de determinadas crenças e dogmas que levam o homem ao sagrado, onde cada uma apresenta suas práticas e ritos próprios, envolvendo ainda formas de comportamento e de cumprimento dos preceitos morais.
O berço das religiões foi o Oriente Médio e a Ásia, onde nasceram as religiões monoteístas



, que pregam a crença em um só Deus - como o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.
Porém, aquilo que deveria servir de ligação e harmonia entre os homens, também se tornou grande fonte de conflitos, por abranger opiniões e concepções divergentes em relação à divindade, que aparecem envolvendo princípios éticos, filosóficos e metafísicos. Um exemplo disso foram as cruzadas, guerra entre cristãos e muçulmanos, que aconteceram entre os séculos VI e VIII, com o objetivo de impor o cristianismo no território onde se localizam Israel, Gaza e Cisjordânia, na época considerados Terra Santa.
Dentre as principais religiões do mundo temos:
- o Hinduísmo: surgiu na Índia em 1500 a.C e seu livro sagrado é o Vedas. É uma religião que apresenta vários deuses, mas os principais deles, que formam a sagrada trindade, são: Brahma – deus da criação, Vishnu – deus da preservação e Shiva – deus da destruição e da recriação.
- o Budismo: também da Índia, surgiu em 600 a.C, a doutrina é fundamentada nos preceitos do príncipe Sidarta Gautama, o Buda.
- o Judaísmo: advindo da Palestina (Israel), em meados do século XVII a.C. o livro sagrado é a Tanach, que contém os mandamentos do judaísmo, onde creem ser descendentes de Abraão.
- o Islamismo, da Arábia Saudita, tem como livro sagrado o Corão, baseado na doutrina de Maomé, enviado de Allah para ditar os mandamentos. Para os muçulmanos, “Abraão, Moisés e Jesus foram profetas e receberam mensagens divinas” e não haverá outros profetas.
- o Cristianismo se originou na região da atual Israel, antiga Palestina, no século I. Seu livro sagrado é a bíblia, dividida em velho e novo testamento, que apresenta a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo.
- o Catolicismo é o maior ramo do cristianismo e o mais antigo como igreja organizada. A sede da Igreja e residência oficial do Papa estão localizados no Vaticano, país encravado na capital italiana, Roma. O livro sagrado dos católicos também é a bíblia, tendo como crença a Santíssima Trindade, através da relação entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A crença também é atribuída à santidade de Maria, mãe de Jesus e a todos os santos.
O Brasil é o maior país católico do mundo, com quase cento e vinte e cinco milhões de fiéis, que traduzem 74% da população do país.
Porém, com o surgimento das igrejas evangélicas ou neopentecostais, a diversidade das religiões tem aumentado, o Brasil é um país altamente religioso, abrangendo 95% da população. Além disso, o aumento das pessoas que não seguem religião alguma também tem crescido consideravelmente.
No Brasil, as outras religiões somam apenas 5% da população, divididos entre espíritas, cultos afro-brasileiros, judeus e seguidores das doutrinas orientais.


Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia