Cordeiro de Deus ou
em latim, Agnus
Dei, é uma expressão utilizada no cristianismo para
se referir a Jesus Cristo,
identificado como o salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate
pelo pecado
original. Na arte e
na simbologia icônica cristã, é frequentemente representado por um cordeiro com
uma cruz.
A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho
de João, onde João
Baptista diz
de Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo"
(João, 1:29).
Os hebreus tinham o costume de matar um cordeiro em sacrifício a Deus, para remissão dos pecados. O sacrifício de animais era frequente entre vários grupos étnicos, em várias partes do mundo. Na Bíblia é referido, por exemplo, o caso de Abraão que, para provar a sua fé em Deus teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa pira de lenha, como era costume para os sacrifícios de animais - o relato bíblico refere, contudo, que Deus não permitiu tal execução. A morte de Jesus Cristo, considerado pelos cristãos como filho unigênito de Deus, tornaria estes sacrifícios desnecessários, já que sendo considerado perfeito, não tendo pecado e tendo nascido de uma virgem por graça do Espírito Santo, semelhante a Adão antes do pecado original, seria o sacrifício supremo, interpretado como o maior ato de amor de Deus para com a humanidade.
A
interpretação desta expressão varia, contudo, consoante as doutrinas.
Na liturgia católica e anglicana o Agnus
Dei é recitado ou cantado durante o início a fração do pão eucarístico.
Introduzida na missa pelo
Papa Sérgio I (687-701) e baseada em João 1:
29, a forma latina (com tradução) é:
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere
nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Na música sacra, muitos compositores realizaram verdadeiras obras-primas para esta parte da missa.
Quando a missa é de réquiem,
este trecho recita-se ou canta-se da seguinte forma:
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis
requiem.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, dona eis requiem sempiternam.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo,
dá-lhes o descanso.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes o descanso.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes o descanso eterno.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes o descanso.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dá-lhes o descanso eterno.
Agnus Dei pode
ser considerado também uma pequena peça, geralmente em metal dourado ou
prateado, que costuma ser usada por católicos como sinal da proteção divina.
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