Hoje participei da visita guiada à Catedral Basílica Menor de Nossa Senhor da Luz dos Pinhais, um lugar muito especial para os católicos de Curitiba. Este Lugar Sagrado cresceu assim a própria cidade de Curitiba.
https://www.catedralcuritiba.com/
Sua história faz parte da história da cidade, conheça um pouco do que aprendi hoje.
A Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Luz – ou Catedral Metropolitana de Curitiba, é um templo católico do município de Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná.
Em 1668 uma pequena igreja de pau a pique foi edificada no local, hoje Centro Histórico de Curitiba, com
a denominação deI greja de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais.
Em 1693 instalou-se em suas dependências a Câmara Municipal, a fim de eleger
as primeiras autoridades locais. No dia 29
de março do mesmo ano foi oficializada a
fundação da Vila de Nossa
Senhora da Luz e do Bom Jesus dos Pinhais de Curitiba.
Anos mais tarde, essa pequena construção deu lugar a uma
maior, em pedra e barro, denominada Igreja
Matriz, que foi concluída em 1721. Essa, por sua vez, foi demolida entre os
anos de 1875 e 1880, para que finalmente fosse edificada a atual Catedral,
cujos trabalhos ocorreram entre 1876 e 1893.
Em 1894 recebe o título de Catedral, com a posse do primeiro bispo, D. José Camargo.
No dia 7
de junho de 1993, cem anos após sua
inauguração, a Catedral foi elevada ao grau de Basílica Menor, em reverência à Nossa
Senhora da Luz dos Pinhais, a santa padroeira da capital paranaense.
A catedral foi construída em estilo neogótico - ou gótico romano - inspirada na Catedral da Sé de Barcelona, na Espanha. As pinturas existentes são dos artistas italianos Carlos Garbaccio e Anacleto Garbaccio.
A autoria do projeto é atribuída ao arquiteto francês Alphonse Conde des Plas,
com pequenas modificações feitas pelo engenheiro Giovani Lazzarini , responsável pela
execução da obra.
No projeto original, uma torre comportaria um sino e um
relógio, enquanto a outra um observatório meteorológico dotado com um barômetro, que jamais foi
instalado pelos altos custos.
Em 1947 foi construído um anexo. Esta
ampliação impede que o Iphan - Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional reconheça
a Catedral como patrimônio
histórico. Porém é uma unidade de interesse de preservação municipal.
Em 2012 foi finalizada a mais profunda e
detalhada restauração do templo, devolvendo-lhe as cores originais.
Nesta etapa, algumas características até então
desconhecidas ou esquecidas foram descobertas, como um poço de nove metros no
altar, que provavelmente abastecia a primeira igreja e tornou-se uma atração
após ser iluminado e coberto com
um tampo de vidro.
A antiga Igreja Matriz de Curitiba fotografada em 1870 na ocasião da
chegada dos voluntários da Pátria, da Guerra do Paraguay.
Significado do nome:
É CATEDRAL pois é a sede da
Cátedra do Arcebispo Metropolitano, cabeça da Igreja Particular de Curitiba, de
onde rege e pastoreia a porção do povo de Deus a ele confiada pelo Santo Padre.
O atual Arcebispo Metropolitano de Curitiba é Dom José Antônio Peruzzo, que
tomou posse em 19 de março de 2015, Solenidade de São José, esposo da Virgem
Maria e Patrono Universal da Igreja.
É BASÍLICA MENOR pela sua importância histórica e beleza artística
e arquitetônica. Esse título de Basílica é concedido pelo Papa a algumas
igrejas ao redor do mundo. A Catedral-Basílica de Curitiba recebeu o título
pelas mãos do papa São João Paulo II, em 1993, pela ocasião do I Centenário de
sua inauguração. Esse título une mais diretamente esta igreja ao Santo
Padre e a Santa Sé; é dita “Menor” pois as Basílicas Maiores são as
Patriarcais, aonde o Papa celebra com mais frequência (São Pedro, no Vaticano,
e São João de Latrão, São Paulo Extramuros e Santa Maria Maior, em Roma). Pela
honraria, temos direito a alguns privilégios, como precedência quanto da visita
do Papa na localidade em que está a Basílica, ou ainda as insígnias próprias,
como o Umbraculum (ou Ombrelino) - espécia de cobertura semelhante
a um guarda-chuva que é carregado nas procissões e estampado no Brasão de Armas
- e o Tintinabulum - um sino aclopado em um ornamento de madeira que também é
levado nas procissões que partem da Basílica ou a ela se dirigem.
Como PARÓQUIA atende normalmente a distribuição dos sacramentos,
como batizados e casamentos, e ainda os da Iniciação Cristã, dados após a
Catequese, que também oferecemos: Primeira Eucaristia e Crisma
À 1ª imagem da padroeira, do século XVII, hoje no Museu
Paranaense.
À 2ª imagem da padroeira, do século XVIII, hoje no Museu
de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba.
Um dos vitrais da Catedral.
Poço que se encontra no altar da Catedral (atualmente), acredita-se que este lugar era o quintal da Catedral em sua primeira construção.(ano de 1.654)
Algumas datas históricas
1654: data provável da construção da primeira
capelinha.
1716: chegada da 2ª imagem da Padroeira
1720: inauguração da Antiga Matriz
1747: criação da Paróquia de Curitiba
1875: início da demolição da Antiga Matriz
1876: benção da Pedra Fundamental e início da
construção da atual igreja
1893: inauguração do atual templo
1894: passa a chamar-se Catedral Diocesana com
a posse do 1º Bispo, Dom José de Camargo Barros.
1904: posse do 2º Bispo, Dom Duarte Leopoldo e
Silva.
1908: posse do 3º Bispo e futuro 1º Arcebispo,
Dom João Francisco Braga.
1909: Dedicação da Catedral
1926: passa a chamar-se Catedral Metropolitana
quando Curitiba é elevada a Arquidiocese.
1936: posse do 4º Bispo e 2º Arcebispo, Dom
Ático Eusébio da Rocha.
1950: posse do 5º Bispo e 3º Arcebispo, Dom
Manuel da Silveira D’Elboux.
1971: posse do 6º Bispo e 4º Arcebispo, Dom
Pedro Antônio Marchetti Fedalto.
1993: concessão do título de Basílica Menor.
2004: posse do 7º Bispo e 5º Arcebispo, Dom
Moacyr José Vitti.
2015: posse do 8º Bispo e 6º Arcebispo, Dom
José Antônio Peruzzo.
Na catedral também está enterrado o corpo do Arcebispo Dom Moacyr José Vitti, que faleceu aos 73 anos de idade.
“Nós vos amamos Jesus e nós
manifestamos a nossa fé, cremos na vossa presença, nós vos adoramos e
agradecemos de todo coração pela vossa presença e continuais sempre conosco.
Nos vos amamos ó Jesus!” – Dom Moacyr na Adoração do Santíssimo Sacramento,
Corpus Christi 19 de junho de 2014 uma semana antes de seu falecimento. Estava
numa alegria imensa nos seus últimos quinze dias de vida. Na Véspera de sua
morte (25/06) entregou seu testamento na cúria metropolitana, saindo de lá foi
a Igreja dos capuchinhos (Paróquia
Nossa Senhora das Mercês) e pediu o sacramento da confissão. No dia 26 pela
manhã teve uma reunião com alguns padres e com eles almoçou, retornou para o
palácio arquiepiscopal e como de costume estava tomando um café juntamente com
Dom Rafael
Biernaski, quando de repente se inclinou e morreu vítima de um
enfarte. Está sepultado na cripta da Catedral Basílica Menor
de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais em Curitiba.
BRASÃO DE
ARMAS
Brasonamento
Escudo: Em estilo polonês, terciado em mantel perpendicular, com bordo em or. No
chefe, em fundo de blau,a Cruz Arquiepiscopal e o Báculo Pastoral decussados,
ambos em or, com ornamento do primeiro à destra e do segundo à sinistra,
sobrepostos por Mitra argente ornada de or com ínfulas idem color pendentes à
destra e à sinistra sobre as hastes da Cruz e do Báculo. No cantão destro da
ponta, em fundo de goles, a árvore Araucária (Araucaria angustifolia)
estilizada em or. No cantão sinistro da ponta, em fundo de sinopla, a Coroa de
Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, sobreposta ao Cetro em barra, ambos em
argente.
Timbre e
ornamentos: Umbraculum encimando o escudo, alternado de
or e goles, sobreposto pelo Orbe e pela Cruz Latina em or, e haste idem color
encerrada em ponta aguda. Sob o escudo, as Chaves Pontifícias decussadas, com a
argente de mecanismo à sinistra e com a or de mecanismo à destra. Dos
ornamentos das chaves pende de ambos os flancos cordão em goles com
passamanarias idem color.
Divisa: “Ecce Virgo Concipiet” em fonte de sable em listel de argente com
reverso em or.
Descrição
Temática
Escudo: O campo superior central, com a Cruz Arquiepiscopal entrecruzada com o
Báculo Pastoral e a Mitra, celebra a categoria desta Basílica como Catedral,
sede da Cátedra do Arcebispo Metropolitano, que goza de pleno uso das insígnias
descritas e simboliza este templo como “Igreja-Mãe” da Arquidiocese de
Curitiba, que tem como padroeira principal a Bem-Aventurada Virgem Mãe de Deus,
Maria Santíssima, tradicionalmente representada na heráldica pela cor azul.
O campo inferior à direita celebra a
árvore símbolo do Paraná, a Araucária ou Pinheiro-do-Paraná (Araucaria
angustifolia), visto em abundância nos campos de Curitiba, em cujo brasão do
Município, inclusive, observa-se a mesma árvore símbolo. O fundo vermelho alude
às vestimentas das imagens na Capela-Mor(presbitério) da Catedral Basílica: o
manto da padroeira, Nossa Senhora da Luz dos Pinhais (no Altar-Mor); o manto do
Senhor Bom Jesus, que um dia foi também padroeiro da Villa de Nossa Senhora da
Lux e de Bom Jesus dos Pinhaes (no nicho direito); e a romeira de São Roque de
Montpellier, co-padroeiro da Catedral Basílica e da Arquidiocese de Curitiba
(no nicho esquerdo).
O campo inferior à esquerda celebra a
majestade de Maria Santíssima, coroada pela Santíssima Trindade como Rainha do
Céu e da Terra, passagem que flagramos no Vitral-Mor da Catedral Basílica. O
cetro e a coroa, em prata, foram desenhados conforme os originais que adornam a
imagem do Altar-Mor da Catedral Basílica. O fundo, em verde, completa as vestes
da padroeira e memora as matas de Araucária que preenchiam vastas extensões
junto a esta igreja.
Timbre e
ornamentos: compõem a dignidade heráldica que
esta Catedral possui enquanto Basílica, título cedido pelo papa São João Paulo
II em 1993, por ocasião do centenário da inauguração deste templo. O
Umbraculum(ou Ombrelino) é símbolo próprio das Basílicas, trazido à mão durante
as procissões solenes. As Chaves Pontifícias simbolizam a ligação desta igreja
com a Santa Sé, enquanto Basílica Papal.
Divisa: alude ao evangelho proclamado na solenidade da padroeira, a 8 de setembro,
versículos 1 a 23 do primeiro capítulo do Evangelho segundo São Mateus, que
refere-se ao cumprimento da profecia de Isaías, que diz: “Eis que uma virgem
conceberá [e dará à luz um filho]” / “Ecce virgo concipiet [et pariet autem
filium]” (Is 7, 14b).
Confecção da Arte: Ateliê Heráldico
Descrição e Brasonamento: Gabriel
Forgati
Imagens da visita:
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