1 de janeiro de 2017

ANO NOVO: FESTA PAGÃ OU RELIGIOSA



O ano-novo do calendário gregoriano começa em 1 de janeiro (Dia do Ano Novo), assim como era no calendário romano. Existem inúmeros calendários que permanecem em uso em certas regiões do planeta e que calculam a data do ano-novo de forma diferente. A comemoração ocidental tem origem num decreto do imperador romano Júlio César, que fixou o 1 de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro deriva do nome de Jano, que tinha duas faces (sendo, portanto, bifronte) - uma voltada para frente (visualizando o futuro) e a outra para trás (visualizando o passado). O povo romano era politeísta, ou seja, adorava vários deuses diferentes, e não existe nenhum relato de que o povo judeu que viveu nessa mesma época tenha comemorado o ano-novo, nem que tampouco que os primeiros cristãos o tenham feito.
A ordem dos meses no calendário romano vai de janeiro a dezembro desde o rei Numa Pompilius em cerca de 700 a.C, de acordo com Plutarco e Macrobius. Foi só recentemente que o dia 1 de janeiro voltou a ser o primeiro dia do ano na cultura ocidental. Até 1751, por exemplo, na Inglaterra e no País de Gales (e em todos os domínios britânicos), o ano-novo começava em 25 de março.[4] Desde então, o 1º de janeiro tornou-se o primeiro dia do ano. Durante a Idade Média, vários outros dias foram diversas vezes considerados como o início do ano civil (1 de março, 25 de março, 1 de setembro, 25 de dezembro).
Em muitos países, como República Checa, Brasil, Espanha, Portugal, Itália e Reino Unido, o dia 1 de janeiro é um feriado nacional. (Para obter informações sobre a mudança do calendário Juliano para o calendário gregoriano e o efeito sobre a datação de eventos históricos, consulte o verbete Mudança para o calendário gregoriano)
Com a expansão da cultura ocidental para muitos outros lugares do mundo durante séculos recentes, o calendário gregoriano foi adotado por muitos outros países como o calendário oficial e a data de 1 de janeiro tornou-se global para se comemorar o ano-novo, mesmo em países com suas próprias celebrações em outros dias (como Israel, China e Índia). Na cultura da América Latina, há uma variedade de tradições e superstições em torno dessas datas como presságios para o próximo ano.

O Réveillon é a comemoração da passagem de ano do dia 31 de dezembro para o dia 01 de janeiro do ano seguinte. A palavra veio do francês e significa “despertar” ou “retomar”, em referência à nova etapa de uma vida que se inicia. Curiosamente, o termo era anteriormente empregado para nomear a noite da ceia de Natal e só posteriormente passou a designar a virada do ano.
A festa de Ano Novo já é uma tradição no Brasil e em boa parte do mundo, assumindo, em muitos casos, um caráter religioso cristão. No entanto, a origem do Réveillon é muito anterior ao cristianismo, sendo geralmente atribuída à Mesopotâmia, em 2000 a.C., em uma comemoração a algo como o “Festival de Ano Novo”. Persas, fenícios, assírios e gregos, desde tempos remotos, também realizavam as suas celebrações de passagem de ano.
Mas é claro que cada cultura e cada região comemora a sua passagem à sua maneira e em datas específicas. Os chineses, por exemplo, marcam o seu ano novo ao final de janeiro ou no início de fevereiro, enquanto os judeus comemoram no que é, para nós, final de setembro ou início de outubro. Já para os muçulmanos a passagem de ano é celebrada no mês de maio.

No Brasil, assim como na maior parte dos países de tradição ocidental, o Réveillon é comemorado no dia 1º de janeiro. Isso resulta de uma decisão do calendário romano, por volta de 743 a.C., que foi mantida pelo calendário juliano e preservada quando a Igreja Católica adotou oficialmente o calendário gregoriano já no século XVI.
Atualmente, o mais comum durante a comemoração do Ano Novo é o show de fogos de artifício, além das inúmeras tradições que variam de um país para outro. No Brasil, por exemplo, existem várias tradições herdadas das religiões de matriz africana e afro-brasileira, tais como o Candomblé e, principalmente, a Umbanda.
O culto à Iemanjá com oferendas ao mar é praticado até mesmo por pessoas que não fazem parte dessas religiões, tendo uma grande receptividade junto ao público católico. Outro hábito herdado dessas religiões é o ato de vestir-se de branco, uma superstição pela promoção da paz e, na origem, um hábito para reverenciar as cores do orixá Oxalá.

Uma das mais famosas festas de fogos de artifício é a de Copacabana, no Rio de Janeiro *
Para muitos, o Réveillon é um momento de renovação, de planejar ou de colocar em prática planos antigos. Assim, são várias as simpatias e superstições para que tudo ocorra bem, como comer lentilhas, pular sete ondas (o número sete também se relaciona a religiões e crenças), entre outros inúmeros hábitos. É claro que isso tudo se trata de simbolismos, sendo, portanto, práticas de manifestação cultural que revelam as relações de identidade das pessoas em relação à sociedade e ao espaço.

Ano Novo é uma data marcante em todas as civilizações que adotam um calendário anual. Esta festa é também conhecida como revéillon, expressão que nasce do termo francês réveiller, que tem o sentido de ‘despertar’.
No Ocidente este evento tem início quando o governador de Roma, Júlio César, através de um decreto, estabelece o dia 1º de Janeiro – este mês, curiosamente, tem origem no nome da divindade Jano, deus dos portões, a quem os romanos devotavam o dia fixado para esta celebração – como a data na qual deverão ocorrer as festividades que marcam a passagem do ano antigo que se vai para o novo ano que nasce.

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Mas não é apenas no mundo ocidental que esta comemoração é realizada. A China, que serve de referência aos outros países do Oriente, apesar de contar com um calendário diferente do adotado no Ocidente, também festeja o Ano Novo, embora o princípio do ano chinês seja sempre solenizado em dias distintos do novo ano ocidental. Cada ano, entre os chineses, é associado a um animal diverso, dos doze que teriam pretensamente participado de uma festividade, ao lado de Buda. Grato pela atenção destes bichos, ele os teria convertido nos signos do zodíaco chinês.
De acordo com as narrativas correntes na China, os animais que integram a Astrologia Chinesa seriam, conforme a ordem cronológica com que atenderam ao chamado de Buda: o rato, búfalo, tigre, coelho, dragão, cobra, cavalo, cabra, macaco, galo, cão e o javali. Assim, se um ano é, por exemplo, atribuído ao tigre, o período anual seguinte será dedicado ao coelho, e daí por diante. Este horóscopo tem como base um ciclo lunar que tem a duração de 60 anos, cada um deles governado por um animal. Não se sabe quando os chineses iniciaram a prática de festejar o Ano Novo, pois na China estas festividades são tão ancestrais, que se perdem na origem dos tempos.
No Porto, cidade portuguesa, a festa mais célebre é a que tem lugar na Avenida dos Aliados, ao longo da qual as pessoas se espraiam, com os olhos fixos no relógio postado na Câmara Municipal do Porto. Nesta comemoração fogos de artifícios cruzam os céus, em meio a shows populares. Já na Ilha da Madeira, o município de Funchal é o cenário da exibição pirotécnica mais famosa do Planeta, a qual consta inclusive no Guinness. Em Nova York a festividade mais intensa ocorre na Times Square, enquanto no Brasil a festa mais famosa ocorre em Copacabana, acompanhada de uma queima de fogos igualmente célebre, ao longo da Praia sempre lotada de turistas.
Na Escócia os habitantes adotam o antigo costume de serem os primeiros a por os pés sobre o território do vizinho, chamado de first footing, trocando entre si presentes de natureza simbólica, como biscoitos, por exemplo, para transmitir aos presenteados muita sorte no novo ano. Os espanhóis cultivam a tradição de ingerir doze uvas, uma para cada toque do relógio à meia-noite, anunciada pelo famoso relógio da Puerta del Sol, situado em Madri.
Entre os judeus é celebrado o Rosh Hashaná, que em hebraico significa ‘cabeça do ano’. Este evento recai sobre o primeiro dia do mês conhecido como Tishrei, mês que inicia o ano no calendário judaico adotado pelos rabis e o sétimo no calendário vigente na Bíblia. O Ano Novo judaico é conhecido, segundo a Torá, como o Dia da Aclamação, no qual Adão e Eva foram gerados pelo Criador, e posteriormente, na mesma data, cometeram o pretenso pecado capital, comendo do fruto da árvore do conhecimento.
Também neste mesmo dia Caim teria assassinado Abel, por esta razão ele é celebrado igualmente como Dia de Julgamento e Dia de Lembrança, dando origem a uma temporada de reflexão que tem a duração de dez dias, período este que desemboca no Yom Kipur, momento em que a Humanidade é julgada por Deus.





http://www.redefolkcom.org/tradicoes-de-ano-novo/


https://ceert.org.br/noticias/historia-cultura-arte/9392/pular-7-ondas-uma-antiga-tradicao-brasileira-no-reveillon

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