Meu
nome é Txai Suruí, eu tenho só 24, mas meu povo vive há pelo menos 6 mil anos
na floresta Amazônica. Meu pai, o grande cacique Almir Suruí me ensinou que
devemos ouvir as estrelas, a Lua, o vento, os animais e as árvores.
Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo,
os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra
está falando. Ela nos diz que não temos mais tempo.
Uma companheira disse: vamos continuar pensando que com pomadas
e analgésicos os golpes de hoje se resolvem, embora saibamos que amanhã a
ferida será maior e mais profunda?
Enquanto vocês estão fechando os olhos para a realidade, o
guardião da floresta Ari Uru-Eu-Wau-Wau, meu amigo de infância, foi assassinado
por proteger a natureza.
Os povos indígenas estão na linha de frente da emergência
climática, por isso devemos estar no centro das decisões que acontecem aqui.
Nós temos ideias para adiar o fim do mundo.
Vamos frear as emissões de promessas mentirosas e
irresponsáveis; vamos acabar com a poluição das palavras vazias, e vamos lutar
por um futuro e um presente habitáveis.
Obrigada!
Em seguida conversamos sobre a importância desse planeta Terra e porque os Povos Indígenas também estão preocupados com essa preservação.