Vamos conhecer mais um mito indígena?
Os índios
do Amazonas acreditam que as almas dos mortos transformam-se em borboletas. É
por esse motivo que elas voam de flor em flor, alimentando-se e fortalecendo-se
com o mais puro néctar, para suportarem a longa viagem até o céu.
Coacyaba,
uma bondosa índia, ficara viúva muito cedo, passando a viver exclusivamente
para fazer feliz sua filhinha Guanamby. Todos os dias passeava com a menina
pelas Campinas de flores, entre pássaros e borboletas. Dessa forma pretendia
aliviar a falta que o esposo lhe fazia. Mesmo assim, angustiada, acabou por
falecer.
Guanamby
ficou só e seu único consolo era visitar o túmulo da mãe, implorando que esta
também a levasse para o céu. De tanta tristeza e solidão, a criança foi
enfraquecendo cada vez mais e também morreu. Entretanto, sua alma não se tornou
borboleta, ficando aprisionada dentro de uma flor próxima à sepultura da mãe,
para assim permanecer ao seu lado.
Enquanto
isso, Coacyaba, em forma de borboleta, voava entre as flores, colhendo seu néctar.
Ao aproximar-se da flor onde estava Guanamby, ouviu um choro triste, que logo
reconheceu. Mas, como frágil borboleta, não teria forças para libertar a
filhinha. Pediu, então, ao Deus Tupã que fizesse dela um pássaro veloz e ágil,
que pudesse levar a filhas para o céu. Tupã atendeu ao seu pedido,
transformando-a num beija-flor, podendo, assim, realizar o seu desejo.
Desde
então, quando morre uma criança índia órfã de mãe, sua alma permanece guardada
dentro de uma flor, esperando que a mãe, em forma de beija-flor, venha
buscá-la, para juntas voarem para o céu, onde estarão eternamente.
- Conversamos sobre o mito. Muitos alunos perguntaram se este mito é verdade. Expliquei que para quem acredita, sim. Faz parte da história de um dos povos indígenas que vivem na Amazônia.
- Expliquei que este era um mito que explica o surgimento de algo, neste caso do beija-flor.
Os alunos ganharam um beija-flor, uma folha de papel colorido para fazer a dobradura da flor. e desenharam a borboleta, depois colaram no caderno de Ensino Religioso.
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