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7 de outubro de 2018

RITOS E RITUAIS DE PASSAGEM

Trago aqui exemplos de Ritos e Rituais de Passagem como o casamento. Vou mostrar alguns vídeos para que possam ser passados aos estudantes:

Iniciamos com o casamento Indígena do Povo Pataxó:




Casamento Budista:


Casamento Cristão:




Casamento na Candomblé:







8 de outubro de 2017

RITOS E RITUAIS DE INICIAÇÃO

Para os católicos, 
três sacramentos que, juntos, confirmam o católico como pertencente à igreja. A porta de entrada para a religião é o batismo. 
No primeiro ano de vida, um ministro da igreja promove a cerimônia em que faz o sinal da cruz sobre a criança, unta seu peito com óleo e derrama água sagrada sobre sua cabeça. O segundo sacramento é o da comunhão, que pode acontecer pela primeira vez a partir dos 9 ou 10 anos. É quando a criança participa, simbolicamente, da "ceia do Senhor": recebe o pão — a hóstia (corpo de Cristo) — e o vinho (que simboliza o sangue de Cristo). 
O terceiro sacramento é o da crisma — a confirmação, celebrada pelo bispo para adolescentes a partir dos 14 anos.


No Islamismo,
Para os muçulmanos, a palavra de Deus deve ser a primeira coisa ouvida por alguém. Após o nascimento, o pai deve dizer no ouvido do bebê o azan, uma recitação com os fundamentos da religião, como a crença em um único Deus. Na primeira semana, o cabelo do bebê deve ser raspado, e o valor correspondente ao seu peso, em prata, dado aos pobres. 
O nome também deve ser escolhido durante a cerimônia, onde também é deixado cair um pouco de mel na língua da criança. A cabeça é raspada como símbolo de pureza.

Judaísmo
Quando nasce uma menina em uma família de origem judaica, o pai a nomeia em uma sinagoga, perante a Torá Texto Sagrado dos judeus. No caso de um menino, participa de uma cerimônia onde irá receber um nome. 
A iniciação religiosa se dá aos 13 anos (meninos) e 12 anos (meninas). 
Nas cerimônias chamadas bar-mitzvá, para meninos, ou bat-mitzvá, para meninas, os adolescentes são chamados a ler a Torá pela primeira vez. 
No altar, recitam versos e colocam filactérios (tiras de pergaminho nas quais estão escritas quatro passagens bíblicas em hebraico — uma delas se destina à cabeça, e a outra, à mão esquerda).



Budismo
A iniciação à prática budista formal se dá em um ritual chamado ordenação leiga, quase sempre desenvolvido na fase adulta. Depois de um período preparatório de cerca de um ano, a pessoa passa por uma cerimônia em que recebe, de um mestre ou de um superior de um templo, um novo nome e sua ordem na linhagem de Buda. Não existe a ideia de conversão, pois os budistas acreditam que a natureza de Buda (capacidade de atingir a iluminação) já existe dentro de todas as pessoas desde o nascimento.



Protestantismo
Para os protestantes, a iniciação se dá a partir do batismo. Entre as várias igrejas (batistas, luteranas, presbiterianas, pentecostais, neopentecostais etc.), há diferenças em relação à idade com que a pessoa pode ser batizada. A criança (a partir de 9 ou 10 anos) ou o adulto passa por uma cerimônia em que é imerso completamente em água. Durante o ritual, o crente deve responder a perguntas do pastor. As cerimônias protestantes procuram seguir o ritual de modo semelhante ao do batismo de Jesus Cristo, realizado no rio Jordão, como contado no Novo Testamento. Na Igreja Batista, a pessoa só é batizada quando manifestar sua vontade.



Umbanda
A criança que nasce de pais umbandistas deve receber o nome no dia do batismo, em uma cerimônia celebrada pelo pai-de-santo ou pela mãe-de-santo do terreiro. Vestido de branco, o responsável pelo terreiro batiza com óleo, sal, preparados e água de fonte ou cachoeira. Ele abençoa a criança e oferece sua proteção. A iniciação de fato só pode acontecer na fase adulta, quando a pessoa manifesta a vontade de seguir a religião.



https://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u254.shtml


Candomblé
Ao nascer, a criança de uma família adepta do candomblé é batizada no ritual ekomojade, que significa "dia de dar o nome". 
O pai-de-santo é consultado para saber qual é o orixá da criança, que recebe um nome africano religioso e é banhada com óleos, mel e outros líquidos. Todos os membros do candomblé devem louvar seu orixá, e essa louvação só pode acontecer depois da iniciação. 
O fiel, na grande maioria das vezes já adulto, passa por um longo período de isolamento e é submetido a ritos de purificação, de fixação do orixá, de sacrifício e de festa. Somente então a pessoa é apresentada à comunidade.

Para os Tupinambá -
Grupo indígena extinto que habitava a maior parte da faixa litorânea que ia da foz do rio Amazonas à ilha de Cananeia, no litoral paulista-, quando nascia uma criança do sexo masculino, o pai levantava-se do chão e cortava-lhe o umbigo com os dentes. A seguir, a criança era banhada no rio, após o que o pai lhe achatava o nariz com o polegar. Em seguida, a criança era colocada numa pequena rede, onde eram amarradas unhas de onça ou de uma determinada ave de rapina. Colocavam-se, ainda, penas da cauda e das asas dessa ave e, também, um pequeno arco e algumas flechas, para que a criança se tornasse valente e disposta a guerrear os inimigos.
O pai, durante três dias, não comia carne, peixe ou sal, alimentando-se apenas de certo tipo de farinha. Não fazia, também, nenhum trabalho até que o umbigo da criança caísse, para que ele, a mãe e a criança não tivessem cólicas. Três vezes por dia punha os pés no ventre da esposa. Nesses dias, o pai fazia pequenas arapucas e nelas fazia a tipóia de carregar a criança; tomava, também, o pequeno arco e as flechas e atirava sobre a tipóia, pescando-a depois com o anzol, como se fosse um peixe. Assim, no futuro, a criança caçaria ou pescaria. Quando o umbigo caía, o pai partia-o em pedacinhos e pregava-os em todos os pilares da oca, a fim de que o filho fosse, no futuro, um bom chefe de família. O pai também colocava aos pés da criança um molho de palha, que simbolizava os inimigos. Quando todas essas práticas tinham sido realizadas, a aldeia por inteiro se entregava às comemorações. Nesses dias, era escolhido um nome para o recém-nascido.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u254.shtml

Estes textos servem de suporte para o professor.

15 de setembro de 2017

SÍMBOLOS E SEUS SIGNIFICADOS - 2º ANO

Esses são alguns símbolos com seu significados que foram trabalhados com os estudantes:

1º a água de Iemanjá, toda a essência, energia de Iemanjá está nas águas do mar e tudo que nele tem;





2º é o pente do Siquismo, para os adeptos andar com o pente tem um significado todo especial.
Kanga ou kangha é um pequeno pente de madeira guardado pelos sikhs dentro da cabeleira em carrapito. Este pequeno pente é utilizado duas vezes por dia pelos sikhs para pentearem o seu cabelo, como sinal de limpeza, ordem e disciplina nas suas vidas.








3º a Rosa de Lutero tem seu significado exemplificado em cada elemento que a compõe.



  • Cruz (preta): no centro da rosa, lembra que Deus vem ao nosso encontro com o seu amor através de Jesus crucificado.
  • Coração (vermelho): significa que Cristo agiu na nossa vida através da cruz, e que ela recebe novo sentido, se Cristo for o seu centro.
  • Rosa (branca): significa que, quando a cruz de Cristo tem lugar em nossa vida, ocorre uma transformação que traz verdadeira paz e alegria. A cor branca representa o reino de Deus. Todas as promessas de Cristo também são representadas por essa cor branca.
  • Fundo (azul): Deus está conosco. Podemos viver com e para Deus, como sinais de seu reino, já aqui e agora. Mas a cor azul é também esperança no futuro, pois lembra a eternidade.
  • Anel (dourado): o ouro é o metal mais precioso. Este anel representa as dádivas que recebemos através da cruz e ressurreição de Jesus. A vida para a fé e o amor a serviço de Cristo é o que temos de mais precioso.

Cada estudante ganhou as partes do símbolo e depois que fomos conversando sobre cada parte montaram no caderno:


https://br.pinterest.com/pin/385268943104973783/

4º o cocar indígena, que foi construído com o contorno das mãos dos estudantes:







25 de maio de 2017

LÍDERES/REPRESENTANTES RELIGIOSOS

Aqui estão algumas imagens de alguns líderes religiosos que podem ser utilizadas em sala de aula.























Fonte: SmartKids

10 de agosto de 2016

ALGUNS RITOS FÚNEBRES DE ALGUMAS ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

Entre os pancararus, no Sertão pernambucano, o ritual de sepultamento tem a participação de entidades espirituais chamadas de encantados.



Foto: Rodrigo Lôbo/Acervo JC Imagem

A despedida a entes queridos é sempre dolorosa. Qualquer que seja a origem do morto e da família, todos esperam se despedir da melhor forma possível de quem foi tão importante em suas vidas. A cerimônia do adeus, porém, não tem o mesmo significado para todos os povos e religiões, que têm rituais e crenças diferentes. 
Segundo o professor colaborador do Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (DAM/UFPE) Bartholomeu Figueirôa, o brasileiro criou uma cultura em relação à morte: "Roberto da Matta diz que a pessoa evita falar sobre a morte, mas cuida muito dos mortos. Eles são como agregados à família dos vivos". Conheça abaixo exemplos de despedida.

CANDOMBLÉ - Uma das religiões de matrizes africanas, o candomblé não vê a morte como o fim. De acordo com o babalorixá Marcos de Ossain, "é apenas a continuidade de um ciclo". "A pessoa deixa de ser a matéria, perde a matéria, para se tornar um espírito", explica. A crença da religião é de que, quando nasce, a pessoa é acolhida no Aiê (terra) por um orixá: "É ele quem vai guiar a pessoa, cuidar dela durante a vida, dar o caminho".
Quando a pessoa morre, é realizado um ritual pós-morte, chamado Axexê: "Ele ocorre em etapas; primeiro o corpo é preparado, em uma forma de liberar o espírito da matéria". Segundo Marcos de Ossain, a preparação é feita em uma casa de pai de santo, é sagrada e só conhecida pelos que praticam a religião. Após o desligamento, acontece o velório, no qual cânticos convidam os ancestrais para que eles recebam o novo Egum (espírito), e todos os espíritos são louvados. 
Depois do velório, o Ará (corpo) é sepultado. Após um ano da morte, é realizada a renovação da cerimônia, que ainda é repetida com três anos e depois sete. Em caso de morte de pai ou mãe de santo, a cerimônia de louvação dura sete dias após o sepultamento. Neste período, as pessoas se privam de prazeres; não consomem bebida alcoólica nem praticam relações sexuais. 

CATOLICISMO - Para a igreja católica, o Dia de Finados tem o significado de lembrar a memória das pessoas que faleceram. Neste dia, os fiéis visitam os cemitérios e realizam celebrações. De acordo com o padre Jacques Trudel, a igreja "reza para que Deus possa acolhê-los na misericórdia". o enterro é normalmente realizado nas 24h que sucedem a morte.
No velório e enterro, que costumam ser no mesmo momento, é celebrada uma missa de corpo presente, com a presença de velas, incenso, água benta e flores. "A incensação é um sinal de veneração, a água serve para lembrar do batismo, a vela representa a vida que vai se queimando, a luz é um sinal de Deus, e o crucifixo é para recordar que Cristo morreu por todos nós e é a luz da ressurreição", explica.
Outro símbolo da fé na igreja é o luto. Segundo o padre, antigamente as pessoas costumavam vestir roupas de cores simbólicas (normalmente preto) para demonstrar que tinham perdido um amigo ou familiar. "É importante para as pessoas que ficam viver o luto e permitir-se o luto, é um momento de partida e de entender que precisamos deixar o outro morrer para viver", explica.


INDÍGENAS - O ritual de despedida dos mortos entre os indígenas varia de acordo com a etnia ou tribo. Na aldeia Pancararu, em Tacaratu, município do Sertão de Pernambuco, distante 450 quilômetros do Recife, o ritual de sepultamento tem a participação de entidades espirituais chamadas de encantados (os praiás). Cobertos da cabeça aos pés, eles saem das matas tocando gaitas e balançando chocalhos. Fazem uma reverência na porta da casa onde o morto está sendo velado, antes de entrar. Dentro da casa, cantam e dançam em volta dos caixões. O praiás acompanham todo o cortejo fúnebre.

JUDAÍSMO - Para os judeus, a morte é uma passagem que representa uma herança que a pessoa deixou para a comunidade e sua família. "A vida, para os judeus, tem um sentido muito forte", diz a diretora científica e curadora do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco, Tânia Kaufman. Segundo ela, não existe céu nem inferno para a cultura do judaísmo.
Para o enterro de um ente judeu, o corpo é preparado e lavado por pessoas especializadas da comunidade, para que ele volte a ser como era quando nasceu, purificado. "A pessoa é vestida com uma túnica branca, independente se é rica ou pobre, e é realizado um velório. Fecha-se a tampa do caixão e ela é sepultada no cemitério judaico", explica Tânia. Antes do funeral, os membros da família do morto rasgam um pedaço de suas próprias roupas, como símbolo do luto. 
A simplicidade do enterro judeu deve-se ao conhecimento pela religião de que "a morte é democrática". No Recife, existem dois cemitérios judaicos: o Cemitério Israelita do Barro e um espaço no cemitério Parque das Flores, ambos localizados na Zona Oeste da capital pernambucana.

MAÇONARIA - Apesar de não ser uma religião, a maçonaria - sociedade secreta de homens - tem rituais próprios que são compartilhados entre as pessoas da ordem. "O sepultamento do irmão é feito de acordo com o desejo da família. Quando os irmãos participam, eles vão ao cemitério vestidos com o avental de maçônico - que varia conforme a ordem e o grau - e cada um deposita um ramo de acácia, que representa a imortalidade", informou a assessoria de imprensa do gabinete do Grão Mestre Daury Ximenes, do Grande Oriente de Pernambuco. O grupo também costuma rodear o caixão do irmão enquanto pede para que ele seja bem recebido na outra vida.
As pessoas que ingressam na maçonaria podem possuir crenças diferentes desde que acreditem em um "supremo arquiteto do universo", que pode ser Deus, Alá, entre outros. Com o mínimo de sete dias após a morte, é realizada a cerimônia das "pompas fúnebres", que é uma reunião feita na loja maçônica, especialmente para homenageá-lo. Essa cerimônia é aberta ao público e com a presença de familiares do morto. 

PROTESTANTISMO - Cerimônias fúnebres de protestantes se assemelham às católicas, em que o enterro é acompanhado por uma celebração religiosa (culto). Para eles, o céu e inferno existem, e o julgamento final acontece pela fé que o morto teve na palavra de Deus e pelo amor ao Senhor. Não se utilizam velas, apenas flores, nem há uso de crucifixo.

OBS: Este texto tem como função subsidiar o aprofundamento teórico do/a docente. Ele auxiliará o processo de pesquisa. A informação que não se sabe e precisa saber.  O mesmo não tem uma linguagem adequada para ser utilizado com os estudantes do 1º ao 5º anos.
Devemos lembrar que os textos utilizados em sala de aula, com os nossos estudantes devem ter linguagem própria de acordo com a faixa etária, o ano trabalhado e para cada conteúdo abordado.  
O texto informativo é uma produção textual com informação sobre um determinado assunto, que tem como objetivo esclarecer uma pessoa ou conjunto de pessoas sobre essa matéria.

21 de abril de 2015

POVO FULNI-Ô EM CURITIBA



Índios da etnia Fulni-ô, de Águas Belas (PE), fizeram uma apresentação cultural de música e danças sagradas na sede da Fundação de Ação Social (FAS) nesta terça (16), em alusão ao Dia do Índio, celebrado em 19 de abril.




Os Fulni-ô são um dos últimos grupos indígenas brasileiros que mantêm totalmente preservado seu idioma materno, o Yaathe, língua do tronco Macro Gê. Em português, o nome significa “aquele que mora na beira do rio”. A aldeia Fulni-ô tem uma população de mais de 6 mil índios e está localizada em uma planície entre a Serra do Comunaty e o Rio Ipanema, em Pernambuco. Além da apresentação cultural, o grupo também expôs produtos de artesanato indígena.
http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/indios-fulni-o-fazem-apresentacao-cultural-na-fas/29169
Estiveram também no Espaço Amazônia no dia 18/04. Lá levaram seu artesanato, sua dança, alimentação, simbologia das cores confira as fotos:













CONHEÇA UM POUCO SOBRE OS INDÍGENAS FULNI-Ô

Os índios da tribo Fulni-ô vivem no município de Águas Belas, em Pernambuco numa aldeia de 11.500

hectares, localizada a 500 metros da sede da cidade. Sua população é de aproximadamente 3.600 índios.
 Eram conhecidos, antigamente, como Carijó ou Carnijó e não se conhece o tempo da sua existência.
 A origem do nome Fulni-ô é muito antiga. Significa "povo da beira do rio" e está relacionada com o rio Fulni-ô que corre ao longo da aldeia de Águas Belas.
 Os índios têm convívio diário com os não-índios, são todos bilíngües, se vestem como os brancos, mas não perderam sua identidade. São os únicos indígenas do Nordeste brasileiro que mantêm viva a sua língua nativa a Yaathe (ou Yathê).
 A língua Yaathe, que significa "nossa boca, nossa fala, nossa língua" é oral, não possui cartilha. É aprendida pelos índios em casa com os familiares, no convívio doméstico e, segundo a professora Alieta Rosa, por intermédio de uma escola bilíngue que a aldeia possui*. Inclusive, existe um livro com o registro gramatical da língua.
Além da aldeia a comunidade possui na reserva um outro local de moradia, onde habitam durante três meses por ano por ocasião dos rituais do Ouricuri.
 O Ouricuri é um retiro religioso secreto, realizado anualmente nos meses de setembro, outubro e novembro, onde não é permitida a entrada de não-índios (mesmos os que têm qualquer tipo de parentesco com os Fulni-ô), pois é um espaço sagrado para eles. Durante esse período os indígenas se mudam para a outra aldeia, também chamada Ouricuri, distante cerca de cinco quilômetros do local onde habitam, levando quase tudo que têm, até os bichos de criação.

 

O que ocorre no Ouricuri é um mistério. Nem mesmo as crianças revelam o que se passa no evento. Sabe-se que durante esse período os homens dormem em local reservado, o Juazeiro Sagrado, ao qual as mulheres não podem ter acesso. As rivalidades são esquecidas. As relações sexuais e a ingestão de bebidas alcóolicas são rigorosamente proibidas.
 Até os anos trinta, as casas dos Fulni-ô eram construídas, exclusivamente, com a palha do ouricuri (planta da família das palmeiras). Hoje, a aldeia é composta por habitações individuais de taipa ou alvenaria, semelhantes às das populações pobres do Nordeste brasileiro.
 Os índios vivem do artesanato da palha do ouricuri, comercializado nas feiras livres da região, da agricultura de subsistência e de alguma criação de bovinos e suínos. Ainda praticam a caça e a pesca, mas essas atividades estão quase em extinção, devido aos desmatamentos e à poluição dos rios da região.


 Suas manifestações culturais incluem a dança e a música. As danças dos Fulni-ô são inspiradas em vários animais e aves, sendo o toré a mais tradicional. Existem também a cafurna, uma dança cultural resultante da influência de outros grupos e uma conhecida como coco de roda, dançada com estilo próprio e que tem origem na cultura dos negros. As músicas das danças são cantadas em português e yaathe.
 Usam como instrumentos musicais, o maracá, o toré e a flauta. Tocam também instrumentos dos brancos como clarinete, pistom, trombone, violão, guitarra. Possuem até conjuntos e bandas formadas.


Os Fulni-ô utilizam para curar doenças muitas plantas que sobreviveram ao desmatamento. Possuem

um Centro Fitoterápico de Reprodução de Mudas e Essências Medicinais, mantido com o apoio da Fundação Nacional da Saúde e da Unesco, onde são cultivadas várias plantas que servem como remédios populares distribuídos na aldeia.
 Como ornamentos e decoração são produzidos machados de pedra, bordunas, arcos e flechas.
 O uso do cocar, pintura corporal ou adereços não são marcas dos Fulni-ô. Para eles a origem do índio é a sua linguagem, por isso conseguiram mantê-la viva até hoje.


FONTE:http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=674&Itemid=188

Conheça um pouco mais: