Neste blog você irá encontrar sugestões de atividades, atividades já realizadas, informações sobre o Ensino Religioso no estado do Paraná e principalmente em Curitiba. Trabalhar com a diversidade religiosa em sala de aula é algo extremamente rico pois, é na diversidade que aprendemos a respeitar o outro.
Como será o primeiro dia de aula? Em 2021, talvez para muitos ainda seja um incógnita..... Ainda estamos aguardando para que possamos voltar ao novo normal, mas a turminha que apareceu em algumas histórias no ano passado já está pronta para aprender mais sobre o que é Sagrado para algumas religiões.
Muitas vezes nos
perguntamos, como se formou a religiosidade do povo brasileiro? Por que temos
tantas religiões? Como trabalhar em sala de aula as matrizes religiosas tão
necessárias para o nosso trabalho com a diversidade?
Bom,
primeiro precisamos entender como aconteceu a formação do povo brasileiro e a
partir daí entenderemos como as religiões foram fazendo parte dessa cultura tão
miscigenada.
Mas se eu
fizesse uma pergunta a você, qual seria a sua resposta....
QUAL FOI A
PRIMEIRA RELIGIÃO DO BRASIL?
(
) Católica
(
) Africana
(
) Oriental
(
) Indígena
Isso mesmo,
temos que colocar a religiosidade INDÍGENA, afinal antes de qualquer povo que
aqui chegou, eles já estavam aqui e realizavam suas práticas religiosas.
Como
explicar isso para crianças, ao trabalhar a diversidade religiosa? Muito
simples, através da contação de histórias!!
Segue aqui
uma contação de histórias muito especial, produzida com muito carinho para
vocês professores de Ensino Religioso.
Mas antes
de iniciarmos quero fazer um agradecimento muito especial a professora Brigida
Karina que, gentilmente, cedeu seus personagens para que eu pudesse produzir
essa história!! Obrigada professora Brigida, de coração 💗💗💗
Segue aqui a história por escrito, caso alguém queira imprimir e as imagens para baixar, em seguida a história em formato de vídeo, também com possibilidade para poder baixar.
A RELIGIOSIDADE DO POVO BRASILEIRO
Hoje
vou contar a vocês uma história que aconteceu a muito tempo, muito tempo.
Vamos conhecê-la?
Navegadores saíram com suas famílias onde moravam e vieram
para um lugar desconhecido. No começo vieram pessoas da Europa, da África e do
Oriente.
Os
portugueses vindos da Europa saíram do seu país, atravessaram as águas agitadas
do Oceano Atlântico e levaram vários dias viajando.
Os
navios vindos do continente africano trouxeram pessoas de diferentes países,
falando diferentes dialetos para trabalharem nas fazendas dos senhores do café.
Tempos
depois chegaram pessoas vindas do Oriente – Japão, China – eles cruzaram os
oceanos para chegar nessa terra em busca de melhores condições de vida.
Cada
um dos grupos de pessoas que chegaram nessas terras desconhecidas trouxeram sua
forma de viver: sua cultura, seus hábitos alimentares e sua forma de crer – a
sua religião.
Onde
esses navios desembarcaram? Mas... que lugar era esse? Mas...será que ninguém morava
aqui nesse lugar? Com o passar do tempo esse lugar ganhou um nome, Brasil!!!
Você conhece o Brasil? Isso mesmo é o país onde moramos!!!!
Cada
um desses povos: Indígena, ocidental, africano e oriental por muito tempo
conviveram e convivem aqui no Brasil cada um com sua cultura, sua religião e
esses traços religiosos estão presentes até os dias de hoje.
Muitos
anos depois... vivem no Brasil pessoas de várias etnias e serão esses
personagens que contarão um pouco dessa história. Vamos conhecê-los?
Olá professores, vou compartilhar aqui alguns jogos para que possam ser utilizados por você e seus estudantes em sala de aula ou como uma atividade complementar, reforço do conteúdo aprendido ou como uma avaliação, enfim, você é quem definirá a utilização desse recurso pedagógico.!!!!
Lembro que o jogo deve estar acompanhado de uma sequência didática, de um encaminhamento pedagógico.
Vou deixar a imagem do jogo, logo posto o link para que possa ser baixado:
Conteúdo: O eu, a família e o ambiente de convivência.
Objetivos: Reconhecer os diferentes espaços de convivência
Identificar costumes, crenças e formas diversas de viver em variados
ambientes de convivência.
Iniciando este conteúdo, como?
Criança adora falar, contar o que faz, o que come, do que gosta de
brincar, o que a deixa triste, alegre, chateada, então, comece sua aula assim,
conhecendo um pouco mais cada um dos seus estudantes, inclusive você.
Façam essa atividade sentados no chão, ou em um espaço da escola fora da
sala de aula, ou até mesmo na sala, mas longe das carteiras e cadeiras,
sentem-se em formato de círculo. Assim todos poderão ver uns aos outros.
Com certeza você irá ouvir muitas histórias, pergunte sempre o por quê o
estudante falou sobre o seu gosto ou emitiu aquela opinião.
Para finalizar, dê uma lição de
casa de pensamento: é como eu chamo a lição que não vai escrita no caderno
ou na agenda e diga para eles guardarem com muito carinho no pensamento pois,
na semana seguinte todos irão contar para os colegas.
LIÇÃO DE CASA DE PENSAMENTO: Que lugares você costuma ir com sua família
ou gosta de estar com a sua família?
Nossas aulas têm a duração de 55 minutos, essa atividade durará esse tempo.
Vou mostrar o resultado na próxima postagem, depois da Lição do Pensamento.
Olá, apresento hoje uma sugestão de atividade para trabalhar com o 4º ano no conteúdo Ritos e Rituais. Primeiro vamos ver como está descito na BNCC este conteúdo:
Este conteúdo está em: Manifestações religiosas
O objeto do conhecimento é: Ritos relgiosos
Habilidades a serem trabalhadas:
(EF04ER01) Identificar ritos presentes no cotidiano pessoal, familiar, escolar e comunitário.
(EF04ER02) Identificar ritos e suas funções em diferentes manifestações e tradições religiosas.
(EF04ER03) Caracterizar ritos de iniciação e de passagem em diversos grupos religiosos
(nascimento, casamento e morte).
(EF04ER04) Identificar as diversas formas de expressão da espiritualidade (orações, cultos,
gestos, cantos, dança, meditação) nas diferentes tradições religiosas.
Reconhecer
as características dos ritos e rituais mortuários e funerários.
Conhecer a função e
importância dos ritos e rituais de cura.
Conhecer
a existência e diferentes ritos e rituais de iniciação
Reconhecer
a importância de diferentes ritos e rituais de passagem
Caracterizar
ritos de iniciação e de passagem em diversos grupos religiosos (nascimento,
casamento e morte).
Como trabalho em uma escola municipal temos o nosso currículo e o mesmo passou por alterações para ficar em consonância com a BNCC.
Ele tem, além dos ítens descritos acima, os critérios de ensino-aprendizagem:
Identifica ritos presentes no cotidiano e espaços de vivencia
reconhecendo sua função em diferentes organizações religiosas das quatro
matrizes.Identifica ritos presentes no cotidiano e espaços de vivencia
reconhecendo sua função em diferentes organizações religiosas das quatro
matrizes.
Além das Expressões da Espiritualidade e dos ritos presentes no cotidiano que podem ser trabalhados juntamente com os demais ritos e rituais:
Rito de iniciação
Rito de passagem
Rito de cura
Rito mortuário e funerário
Para iniciar o trabalho que será realizado no 1º trimestre, começamos realizando uma pesquisa sobre o significado da palavra ROTINA.
Você sabe o que signfica esta palavra?
Os estudantes foram falando e as respostas foram anotadas no quadro, depois copiamos algumas das definições no caderno e eu passei uma definição que está no dicionário:
Logo depois cada um dos estudantes falou sobre a sua rotina, seja ela de um período, um momento em específico, da semana, do horário em que está na escola, do final de semana ou de um dia da semana. Enfim cada um pode neste momento falar um pouco de si e do que faz, de acordo com o objetivo proposto pela BNCC e currículo.
Este momento foi para uma aula só, pois as aulas duram 55 minutos. Seguem o restante da aula na próxima postagem.
Logo no início é possível abordar a divisão do trabalho, a função de homens e mulheres na aldeia e trazer essa contação de história para os habilidades de Ensino Religioso:
(EF05ER04) Reconhecer a importância da tradição oral para preservar memórias e acontecimentos religiosos.
(EF05ER05) Identificar elementos da tradição oral nas culturas e religiosidades indígenas, afro-brasileiras, ciganas, entre outras.
(EF05ER06) Identificar o papel dos sábios e anciãos na comunicação e preservação da tradição oral.
(EF05ER07)Reconhecer, em textos orais, ensinamentos relacionados a modos de ser e viver.
Na página 10 tem o seguinte trecho: "As histórias, como contam os contadores na África, são saradas. Mas algumas invenções da Obax eram demais. Todos riram."
Que histórias são essas?
Vamos encontrar na BNCC onde é possível trabalhar este livro?
(EF05ER01) Identificar e respeitar acontecimentos sagrados de diferentes culturas e tradições religiosas como recurso para preservar a memória.
(EF05ER03) Reconhecer funções e mensagens religiosas contidas nos mitos de criação (concepções de mundo, natureza, ser humano, divindades, vida e morte).
(EF05ER04) Reconhecer a importância da tradição oral para preservar memórias e acontecimentos religiosos.
Após a leitura é possível levar para a sala de aula essas Histórias Sagradas, que no Ensino Religioso conhecemos como MITOS.
https://br.pinterest.com/pin/561894490988221149/
O elefante ao se transforma no Baobá, árvore sagrada na África mostra que é possível acontecer a tão sonhada chuva de flores da Obax, o que é possível trabalhar com este trecho e com esta imagem?
Objetivos: Reconhecer a importância de diferentes ritos e rituais de passagem nas organizações religiosas.
Para iniciar esta atividade apresentei para os estudantes os seguintes vídeos:
Conversamos sobre o que os estudantes entenderam dos vídeos: em que lugar aconteceu? o que explica o 1º vídeo? e o segundo, no qual aparece o Nathan? e o terceiro vídeo, o que aconteceu com a menina?
Logo em seguida entreguei um textinho para que pudessemos pintar as informações importantes:
BAR MITZVÁ E BAT MITZVÁ
OS MENINOS
JUDEUS DEVEM CELEBRAR O BAR-MITZVÁ (“FILHO
DA LEI” OU “FILHO DO MANDAMENTO”) A PARTIR DOS 13 ANOS DE IDADE.
AS MENINAS
PODEM COMEMORAR O BAT-MITZVÁ (QUE
SIGNIFICA “FILHA DA LEI” OU “FILHA DO MANDAMENTO”), COM 12 ANOS.
EXISTEM ALGUNS
SÍMBOLOS IMPORTANTES UTILIZADOS DURANTE O RITUAL DO BAR-MITZVÁ, COMO:
. LEITURA DO TORÁ: (LIVRO
SAGRADO PARA OS JUDEUS): SIMBOLIZA A PARTICIPAÇÃO PÚBLICA DO JOVEM NA SINAGOGA.
. TEFILIN: FAIXAS PRETAS
AMARRADAS NA ALTURA DO PEITO DO JOVEM E ESPALHADAS AO LONGO DOS SEUS BRAÇOS.
. TALIT: UM MANTO BRANCO
COM DUAS PONTAS E FRANJAS, SIMBOLIZA A TRANSPARÊNCIA, AS BOAS AÇÕES E O
COMPROMETIMENTO DO JOVEM COM A BONDADE.
Conhecer a função e a importância das festas religiosas populares do mundo e sua relação com a temporalidade sagrada.
(EF04ER02) Identificar ritos e suas funções em diferentes manifestações e tradições religiosas.
(EF04ER03) Caracterizar ritos de iniciação e de passagem em diversos grupos religiosos (nascimento, casamento e morte.
Iniciamos nossa atividade com o texto sobre a origem da Festa do Divino:
Festa do Divino Espírito Santo
A Festa do Divino Espírito Santo é
uma festa do catolicismo popular brasileiro, está ligada a data do Pentecostes,
celebrado cinquenta dias depois da Páscoa. A data marca o dia em que o Espírito
Santo teria se manifestado nos apóstolos, que passaram a falar diversos idiomas
diferentes.
A
origem é de uma promessa que a rainha, D. Isabel de Aragão, por volta de
1320, fez ao Divino Espírito Santo peregrinar o mundo com uma cópia da coroa e
uma pomba no alto da coroa, que é o símbolo do Divino Espírito Santo,
arrecadando donativos em benefício da população pobre, caso o esposo, o
rei D. Dinis, fizesse as pazes com seu filho legítimo, D. Afonso,
para que houvesses paz entre seu esposo e seu filho.
A Festa foi trazida ao Brasil pelos
portugueses e passou a ser comemorada entre maio e junho.
O pombo quase sempre no topo de um
mastro e às vezes envolto em uma coroa onde são amarradas as fitas com as
promessas dos devotos, simboliza o Espírito Santo.
A coroa e o cetro são objetos que
simbolizam o poder do Imperador, indivíduo escolhido entre pessoas da
comunidade envolvidas com os festejos. A corte acompanha a bandeira do Divino,
que traz a cor vermelha e o pombo ao centro. O vermelho da bandeira remete ao
fogo, forma pela qual o Espírito Santo se manifestou aos apóstolos.
OBJETIVOS: Conhecer o significado de diferentes animais sagrados presentes em algumas organizações religiosas.
CONTEÚDO: Símbolos Religiosos - animais sagrados
CRITÉRIOS DE ENSINO APRENDIZAGEM: Reconhece o significado de diferentes animais sagrados presentes em algumas organizações religiosas.
Iniciamos nossa atividade sobre os Animais Sagrados na matriz ocidental. O animal escolhido não é Sagrado mas um animal com grande significado para os cristãos.
No texto sagrado da Bíblia há várias passagens que falam sobre o PEIXE, como:
Conversamos sobre essas passagens e conhecemos o significado do PEIXE para os cristãos que fugiam dos inimigos. Passei este texto no quadro para os estudantes:
O
cristianismo continua sendo
a religião
mais perseguida do planeta. Como um cristão poderia saber se outra
pessoa também era cristã?
O
cristão, quando supunha estar diante de outro cristão clandestino, desenhava uma curva ou meia-lua no chão. Se a pessoa desenhasse outra meia-lua sobreposta
à dele, completando assim a figura de um peixe, seria muito maior a
probabilidade de que se tratasse mesmo de um seguidor de Jesus que conhecia o
“código secreto” cristão.
Em
Grego antigo (ἰχθύς), significava “peixe“.
A pronúncia correta dessa palavra grega não é fácil para quem fala português, é
aceita a pronúncia simplificada “íctis”.
TEXTO PARA AJUDAR NA EXPLICAÇÃO:
E por que a imagem de um peixe?
Porque
as letras que formam a palavra “peixe” em grego, quando escritas em maiúsculas
(ΙΧΘΥΣ), formam um acrônimo com as iniciais da expressão “Iēsous Christos Theou Yios Sōtēr“,
que significa “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador” (em
grego antigo: Ἰησοῦς Χριστός, Θεοῦ͑Υιός, Σωτήρ).
O
peixe veio a se tornar, desta forma, um dos primeiros símbolos cristãos,
juntamente com a imagem do Bom Pastor e, posteriormente, com o Crucifixo.
O
Ichthys também era usado para indicar as catacumbas cristãsdurante
as perseguições contra a comunidade, de modo que apenas os próprios cristãos
soubessem quais eram os túmulos dos seus companheiros de fé.
A atividade a ser realizada foi a seguinte dobradura do PEIXE:
Peixinho pronto vamos enfeitar, pedi para que os estudantes pesquisassem o que era um vitral, pois utiilizaríamos a técnica de pequenas pinturas para pintar nosso peixe.
Após os estudantes contarem um pouco sobre a pesquisa que fizeram enfeitamos os peixinhos, todos pintaram e fizemos um lindo painel!!! Ainda não coloquei em exposição mas estava ficando assim nosso trabalho.