Habitação Indígena
Oca – É uma larga cabana criada com troncos
de árvore, coberta por palha ou tronco de palmeira, podendo ser habitada por
várias famílias de mesma tribo. É uma habitação comum, principalmente para os
tupi-guarani;
Taba – É menor que a oca e de origem tupi-guarani. O termo Taba é muito usado entre os índios da Amazônia;
Maloca – Conjunto de várias habitações
indígenas da mesma tribo. O nome também é usado para nomear uma aldeia;
Tapera – Do tupi, “aldeia extinta” é um
conjunto de habitações abandonada e ocupada por mato;
Opy – Casa onde são realizados festas e
rituais religiosos, um local de reza para os índios.
https://www.suapesquisa.com/indios/habitacoes_indigenas.htm
No Paraná, os povos
da família linguística Jê, em sua maioria, vivem em aldeias circulares. As cabanas
se localizam nos fundos do grande círculo e no centro ha um espaço usado para
realizar os rituais, atividades políticas e onde está localizada a Casa dos
Homens (casa onde somente os homens se reunem para a realização de rituais).
Os Gavião Parkatêjê, em uma de suas aldeias de nome Kaikotore possuem 33 casas de alvenaria em um
círculo de 200 m de diâmetro, ao redor e na frente delas, existe um largo
caminho e vários caminhos entre as casas que conduzem ao centro para realizar
todas as atividades cerimoniais da tribo. Os índios da
floresta, que vivem na região da bacia do alto rio Negro moram em malocas, onde
além de moradias comunitárias realizam muitas cerimônia.
Um traço
característico em muitas aldeias indígenas é a formação de um círculo com as ocas.
Porém, isto varia porque cada grupo tem uma maneira de organizar as suas
habitações de acordo com seu estilo de vida. Constrõem casas circulares, ovais,
pentagonais e também, em contato com o homem branco criam casas semelhante
aquelas do interior de cidades pequenas.
Vestimentas Indígenas
Na época do
descobrimento os índios brasileiros não usavam roupas. Segundo as descrições de
Pero Vaz de Caminha podemos constatar isso:
“Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam
arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E
Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos ”.
Já os índios
americanos vestiam roupas próprias para o frio daquela região. Mas hoje com a
influência dos não-índios, podemos encontrar em muitas aldeias, índios com
roupas, portando equipamentos eletrônicos e até mesmo assistindo futebol em uma
pequena televisão.
Embora isso ocorra,
a maioria ainda costuma produzir seus próprios acessórios e vestimentas, que
geralmente estão associadas as mudanças climáticas, aos seus rituais e de
acordo com as observações que fazem da natureza, ou seja, usar roupa para eles
não é uma questão moral, mas de acordo com suas crenças.
Um bom exemplo
disso são os índios da tribo Tukuna, que estão
praticamente extintos. Quando as correntes de frio provindas dos Andes cercam a
região, eles tem o constume de usar o “cushmã”, uma espécie de bata
confeccionada por índias tecelãs.
Casamento entre Indígenas
A maioria dos
relacionamentos que relata-se aqui são das tribos existentes no Brasil na época
de Cabral. Muitos grupos se subdividiam como Jê, Tupi e Guarani e por esse
motivo os costumes relacionados aos casamentos das tribos indígenas brasileira
podem variar:
·
Os índios casavam-se entre primos e era preferível ter filhas ao invés
de filhos. As filhas em determinadas tribos eram mais valorizadas por que
quanto maior o número de mulheres, maior era a importância das famílias nas
tribos.
·
O genro vinha morar com o sogro e a cada grupo de famílias juntas maior
era o poder familiar e mais fácil era a produção. Sendo monogâmicos ou
poligâmicos, não só podiam casar com uma, mas com muitas mulheres. Porém cada
uma cuidava de sua alimentação dentro da oca e cada mulher possuía sua
plantação.
·
Na maioria das tribos, quem tinha autoridade para mandar nas outras
esposas e nos filhos delas era sempre a esposa mais velha. Elas tinham um
importante espaço na sociedade e podiam dar conselhos , e ainda eram elas que
decidiam, muitas vezes, assuntos de interesse geral.
·
Na festa de casamento era costume, o homem, obedecer o sogro e ser
virgem, já a mulher não tinha a obrigação de ser virgem. Elas casavam aos 14
anos de idade.
·
A esposa que dormia com o índio na rede tinha que no dia seguinte
preparar o alimento para ele, sendo permitido que ele mudasse de mulher se
quisesse. Se a mulher deixada fosse jovem ela poderia arrumar outro marido,
caso contrário, o ex-marido que deveria cuidar dela se estivesse velha. As
mulheres também podiam mudar de marido.
·
Nas tribos tupis do sul: A virgindade da mulher era valorizada e
funcionava como um elo simbólico. Havia mulheres que não queriam se casar e
estas eram respeitadas pelos homens.
·
Em determinadas tribos, mulheres praticavam atividades masculinas, como
a pesca, o arco e flecha, a caça e não eram discriminadas por isso. Da mesma
forma haviam homens que também tomava a mesma atitude: não se casar e executar
atividades femininas.
·
Já a homossexualidade era tratada de forma comum e entre os homens era
normal ter relações com os cunhados antes do casamento com a irmã.
·
Muitas tribos entendiam que a mulher era responsável apenas por
emprestar o seu corpo para a fecundação da semente masculina, a criança não
tinha a ver com a mãe. E se uma índia raptada engravidasse e voltasse para a
sua tribo quando a criança nascesse, ela era morta e comida para pagar o
insulto ao índio que a raptou.
·
No momento em que a criança nascia, sua mãe iria tomar banho no rio três
vezes, após isso voltava as suas atividades normais na tribo. Já o pai ficava
com a criança e guardava o resguardo e dieta pós-parto (eles acreditavam que
após o nascimento uma força saia do pai para a criança e era uma forma do pai
assumir a criança como sua).
Veja abaixo alguns costumes e hábitos das tribos brasileiras:
OBS: Este texto tem como função subsidiar o aprofundamento teórico do/a docente. Ele auxiliará o processo de pesquisa. A informação que não se sabe e precisa saber. O mesmo não tem uma linguagem adequada para ser utilizado com os estudantes do 1º ao 5º anos.
Devemos lembrar que os textos utilizados em sala de aula, com os nossos estudantes devem ter linguagem própria de acordo com a faixa etária, o ano trabalhado e para cada conteúdo abordado.
O texto informativo é uma produção textual com informação sobre um determinado assunto, que tem como objetivo esclarecer uma pessoa ou conjunto de pessoas sobre essa matéria.
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