17 de abril de 2016

HABITAÇÃO, ROUPA E CASAMENTO INDÍGENA

Habitação Indígena

Oca – É uma larga cabana criada com troncos de árvore, coberta por palha ou tronco de palmeira, podendo ser habitada por várias famílias de mesma tribo. É uma habitação comum, principalmente para os tupi-guarani;


Taba –
 É menor que a oca e de origem tupi-guarani. O termo Taba é muito usado entre os índios da Amazônia;
Maloca – Conjunto de várias habitações indígenas da mesma tribo. O nome também é usado para nomear uma aldeia;
Tapera – Do tupi, “aldeia extinta” é um conjunto de habitações abandonada e ocupada por mato;
Opy – Casa onde são realizados festas e rituais religiosos, um local de reza para os índios.

https://www.suapesquisa.com/indios/habitacoes_indigenas.htm

No Paraná, os povos da família linguística Jê, em sua      maioria, vivem em aldeias circulares. As cabanas se localizam nos fundos do grande círculo e no centro ha um espaço usado para realizar os rituais, atividades políticas e onde está localizada a Casa dos Homens (casa onde somente os homens se reunem para a realização de rituais).
Os Gavião Parkatêjê, em uma de suas aldeias de nome Kaikotore possuem 33 casas de alvenaria em um círculo de 200 m de diâmetro, ao redor e na frente delas, existe um largo caminho e vários caminhos entre as casas que conduzem ao centro para realizar todas as atividades cerimoniais da tribo. Os índios da floresta, que vivem na região da bacia do alto rio Negro moram em malocas, onde além de moradias comunitárias realizam muitas cerimônia.
Um traço característico em muitas aldeias indígenas é a formação de um círculo com as ocas. Porém, isto varia porque cada grupo tem uma maneira de organizar as suas habitações de acordo com seu estilo de vida. Constrõem casas circulares, ovais, pentagonais e também, em contato com o homem branco criam casas semelhante aquelas do interior de cidades pequenas.
Vestimentas Indígenas
Na época do descobrimento os índios brasileiros não usavam roupas. Segundo as descrições de Pero Vaz de Caminha podemos constatar isso:
“Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos ”.
Já os índios americanos vestiam roupas próprias para o frio daquela região. Mas hoje com a influência dos não-índios, podemos encontrar em muitas aldeias, índios com roupas, portando equipamentos eletrônicos e até mesmo assistindo futebol em uma pequena televisão.
Embora isso ocorra, a maioria ainda costuma produzir seus próprios acessórios e vestimentas, que geralmente estão associadas as mudanças climáticas, aos seus rituais e de acordo com as observações que fazem da natureza, ou seja, usar roupa para eles não é uma questão moral, mas de acordo com suas crenças.
Um bom exemplo disso são os índios da tribo Tukuna, que estão praticamente extintos. Quando as correntes de frio provindas dos Andes cercam a região, eles tem o constume de usar o “cushmã”, uma espécie de bata confeccionada por índias tecelãs.
Casamento entre Indígenas
A maioria dos relacionamentos que relata-se aqui são das tribos existentes no Brasil na época de Cabral. Muitos grupos se subdividiam como Jê, Tupi e Guarani e por esse motivo os costumes relacionados aos casamentos das tribos indígenas brasileira podem variar:
·         Os índios casavam-se entre primos e era preferível ter filhas ao invés de filhos. As filhas em determinadas tribos eram mais valorizadas por que quanto maior o número de mulheres, maior era a importância das famílias nas tribos.
·         O genro vinha morar com o sogro e a cada grupo de famílias juntas maior era o poder familiar e mais fácil era a produção. Sendo monogâmicos ou poligâmicos, não só podiam casar com uma, mas com muitas mulheres. Porém cada uma cuidava de sua alimentação dentro da oca e cada mulher possuía sua plantação.
·         Na maioria das tribos, quem tinha autoridade para mandar nas outras esposas e nos filhos delas era sempre a esposa mais velha. Elas tinham um importante espaço na sociedade e podiam dar conselhos , e ainda eram elas que decidiam, muitas vezes, assuntos de interesse geral.
·         Na festa de casamento era costume, o homem, obedecer o sogro e ser virgem, já a mulher não tinha a obrigação de ser virgem. Elas casavam aos 14 anos de idade.
·         A esposa que dormia com o índio na rede tinha que no dia seguinte preparar o alimento para ele, sendo permitido que ele mudasse de mulher se quisesse. Se a mulher deixada fosse jovem ela poderia arrumar outro marido, caso contrário, o ex-marido que deveria cuidar dela se estivesse velha. As mulheres também podiam mudar de marido.
·         Nas tribos tupis do sul: A virgindade da mulher era valorizada e funcionava como um elo simbólico. Havia mulheres que não queriam se casar e estas eram respeitadas pelos homens.
·         Em determinadas tribos, mulheres praticavam atividades masculinas, como a pesca, o arco e flecha, a caça e não eram discriminadas por isso. Da mesma forma haviam homens que também tomava a mesma atitude: não se casar e executar atividades femininas.
·         Já a homossexualidade era tratada de forma comum e entre os homens era normal ter relações com os cunhados antes do casamento com a irmã.
·         Muitas tribos entendiam que a mulher era responsável apenas por emprestar o seu corpo para a fecundação da semente masculina, a criança não tinha a ver com a mãe. E se uma índia raptada engravidasse e voltasse para a sua tribo quando a criança nascesse, ela era morta e comida para pagar o insulto ao índio que a raptou.
·         No momento em que a criança nascia, sua mãe iria tomar banho no rio três vezes, após isso voltava as suas atividades normais na tribo. Já o pai ficava com a criança e guardava o resguardo e dieta pós-parto (eles acreditavam que após o nascimento uma força saia do pai para a criança e era uma forma do pai assumir a criança como sua).
Veja abaixo alguns costumes e hábitos das tribos brasileiras:




OBS: Este texto tem como função subsidiar o aprofundamento teórico do/a docente. Ele auxiliará o processo de pesquisa. A informação que não se sabe e precisa saber.  O mesmo não tem uma linguagem adequada para ser utilizado com os estudantes do 1º ao 5º anos.
Devemos lembrar que os textos utilizados em sala de aula, com os nossos estudantes devem ter linguagem própria de acordo com a faixa etária, o ano trabalhado e para cada conteúdo abordado.  
O texto informativo é uma produção textual com informação sobre um determinado assunto, que tem como objetivo esclarecer uma pessoa ou conjunto de pessoas sobre essa matéria.

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