Um grupo de guerreiros de uma valente tribo estava reunido em
torno de uma fogueira. De repente, surgiu uma discussão entre o jovem Piraúna,
o maior nadador das redondezas, e o destemido Jaguaretê que, na guerra era tão
feroz como a fera da qual tinha o nome.
Encolerizado, Jaguaretê. que bebera muito cauim, pegou o tacape e
esmagou o crânio de Piraúna. Revoltados com a crueldade do seu companheiro, os
outros guerreiros amarraram Jaguaretê no poste de torturas. Os parentes do
morto tinham o direito de tirar a vida ao matador.
Contudo, o velho Cruaçu, pai de Piraúna, declarou que não queria o
sangue de Jaguaretê, pois não fora êle que matara seu filho e sim’ Anhangá, o
diabo, que fizera o índio beber demais e tirar a vida de Piraúna. Jaguaretê foi
então desamarrado do poste. Devolveram suas armas e ele partiu, desaparecendo
na floresta. Muitos anos depois, alguns jovens caçadores da tribo descobriram,
no interior da mata, uma cabana isolada, onde vivia um homem forte e de cabelos
brancos.
Recebendo os jovens caçadores com gestos de cortesia, o velho
serviu-lhes uma bebida deliciosa, contou-lhes a sua história.
Era Jaguaretê, o índio expulso da tribo, de quem os moços tinham
ouvido falar por seus pais.
Disse-lhes Jaguaretê que, na ocasião em que se internara na floresta
virgem, caminhara dias e dias até cair, quase morto de fome e de cansaço. No
lugar em que tombara, desfalecido, cresciam árvores que eram desconhecidas.
Adormecendo, apareceu-lhe, em sonho, a formosa deusa Cáa-Iari, protetora dos
ervais, que lhe ensinara a preparar, com as folhas daquelas árvores, uma
bebida, a mesma que lhes servira.
Graças às propriedades maravilhosas dessa planta, que lhe
restituíra as forças e lhe dera novas energias, Jaguaretê escapara da morte,
conseguindo conservar-se vigoroso e sadio, durante o longo tempo em que viveu
longe da sua querida tribo.
Eis porque o uso do "cáa", nome que os índios dão à
erva-mate se tornou um hábito de todas as tribos que vivem nas regiões do
Brasil onde existem ervais.
Fonte: http://www.consciencia.org/origem-da-erva-mate-mito-indigena
Após a leitura do mito os estudantes os estudantes ilustraram no caderno
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