Conteúdo: Mito da criação do
mundo, mito da criação do homem e da mulher e mito da imortalidade africana.
Os objetivos são:
- Identificar as diferentes tradições religiosas, reconhecendo a importância da religião na vida das pessoas;
- Conhecer as principais espiritualidades de algumas tradições religiosas, identificando-as como métodos e práticas de relação com o sagrado;
- Identificar ritos e rituais, reconhecendo a importância do seu significado cultural;
Com os alunos do 4° ano minha ideia era trabalhar o mito da
imortalidade,mas para que pudéssemos chegar lá era necessário falar da criação
do mundo segundo a tradição yorubá e a criação do homem e da mulher.
1ª aula: passei no
quadro e solicitei aos alunos que copiassem o mito da criação.
O MITO DA CRIAÇÃO
Certo
dia Olorum, o Senhor Supremo, resolveu criar o universo. Para isso, cada Orixá
pegou alguma coisa para ajudá-lo.
OGUM:
O Senhor do ferro. OXÓSSI: Senhor da caça.
OSSAIM: Senhor das folhas.
OXUM: Mãe das águas doces.
YEMANJÁ: A grande mãe das águas salgadas.
XANGÔ: O Senhor do raio
IANSÃ: a Senhora dos ventos e das tempestades.
OXUMARÉ:, o Senhor da transformação, o belo arco-íris.
A cada orixá citado foi mostrado a imagem para que os alunos pudessem ter conhecimento.
2ª aula: após lembrar do mito da criação africano juntamente com as imagens foi explicado que essas divindades tem suas energias presentes na natureza. A partir deste momento foi solicitado aos alunos que escolhessem 3 divindades e que fizessem uma paisagem.
3ª aula: as paisagens foram mostradas e os alunos tinham que tentar identificar no desenho do outro quais orixás estavam representados naquelas paisagens.
O MITO DA CRIAÇÃO DO HOMEM E DA
MULHER
Mas
os orixás, sentindo que faltavam o homem e a
mulher, resolveram criá-los. Cada orixá trouxe para Olorum uma parte
daquilo que escolheu, mas era impossível criar o homem com essas partes.
Lembraram se então da lama que era produzida da dança da água com o ar. Mas
essa lama não se deixava tocar. Chorava, e os orixás tinham medo ou dó de tocar
nessa lama.
Logo após a leitura os
alunos copiaram este parágrafo do texto e tentaram ilustrá-lo.
4ª aula: realizou-se a
cópia do parágrafo seguinte do texto:
Um
dia, porém, chegou Iku, a morte,
que não teve a menor pena da lama e disse para Olorum: “eu arranco um
pedaço dessa lama e, com ela, você moldará o homem e a mulher”.
Olorum concordou. Iku arrancou um pedaço da lama que chorava e gemia. Mas ela
(Iku) não se comoveu e, entregando para Olorum o pedaço, chamou-o de Orixalá.
Iku, pegando a lama, moldou o corpo do homem e da mulher, soprou o seu hálito e
eles vieram à vida. Assim foram feitos o homem e a mulher. Mas como a lama
ainda chorava, o generoso Olorum, fez um acordo com a lama de que um dia, com a
morte, devolveria o seu sopro e, consequentemente, devolveria à lama o que havia
arrancado para criar o homem e a mulher.
Após a explicação foi
solicitado que os alunos ilustrassem este parágrafo.
5ª aula: para verificar
o conhecimento apreendido os alunos com consulta a seus cadernos ganharam uma
cruzadinha para resolver. Conferimos os resultados juntos em sala de aula.
6ª aula: chegamos enfim
no mito da imortalidade africana, realizei a leitura e conversamos sobre o
mito.
O mito da imortalidade
Em
um determinado momento, o mundo estava quase lotado de idosos, jovens, e nada
mais. Os jovens revoltaram-se e se dirigiram para Olorum dizendo que os idosos
não os deixavam fazer nada e dominavam o mundo.
O
Senhor Supremo disse que estava cansado disso.
Novamente é Iku quem resolve o novo enigma. Após ter falado com Olorum, resolvem
o problema fazendo chover sobre a terra por dias e noites. O mundo foi se
enchendo de água e os jovens foram subindo nas maiores árvores, enquanto os
idosos, não conseguindo subir nelas, acabaram morrendo afogados.
Após
aquele dia, aconteceu uma grande festa na terra
porque a imortalidade havia acabado. É por isso que, na tradição africana, o
tempo segue o seu ritmo: o velho morre para dar oportunidade ao jovem que vem.
Alguns alunos lembraram
do dilúvio na tradição cristã. Conversamos sobre o que é dar lugar para o novo?
A importância também da experiência das pessoas mais velhas e da vivacidade do
mais jovem.
7ª aula: os alunos
receberam este mito em parágrafos e se reuniram em pequenos grupos onde cada
grupo iria ilustrar o mito da
imortalidade da maneira como o grupo entendeu.
8ª aula: realizamos uma
avaliação dos conhecimentos apreendidos.
9ª aula apresentei a
música Mãe África, e um vídeo sobre a África.
https://www.youtube.com/watch?v=W_xcXuO0o-I ( este link não consegui colocar o vídeo).
Conversamos sobre a
África ser o berço da humanidade, sua beleza, cultura e religião, que o
respeito independentemente de cor, raça ou religião sempre deve existir.
10ª aula: para
finalizar elaboramos uma lista de valores éticos, importantes para uma boa
convivência saudável, respeitosa entre as pessoas das diferentes crenças
religiosas.
Cada aluno pode após
esta elaboração escolher 2 palavras e dentro do que aprendeu neste trimestre
fez um acróstico. Que foi socializado com os colegas e exposto no mural da
escola.
Espero que aproveitem esta aula sobre a matriz africana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou dessa postagem? Não vá embora sem deixar seu comentário, ele é muito importante para nós!