15 de outubro de 2015

MITO DA IMORTALIDADE - TRADIÇÃO AFRICANA - 4° ANO

 Segue a sequência didática trabalhada com os alunos do 4° ano.

Conteúdo: Mito da criação do mundo, mito da criação do homem e da mulher e mito da imortalidade africana.

Os objetivos são:

  • Identificar as diferentes tradições religiosas, reconhecendo a importância da religião na vida das pessoas;
  • Conhecer as principais espiritualidades de algumas tradições religiosas, identificando-as como métodos e práticas de relação com o sagrado;
  • Identificar ritos e rituais, reconhecendo a importância do seu significado cultural;


Com os alunos do 4° ano minha ideia era trabalhar o mito da imortalidade,mas para que pudéssemos chegar lá era necessário falar da criação do mundo segundo a tradição yorubá e a criação do homem e da mulher.


            1ª aula: passei no quadro e solicitei aos alunos que copiassem o mito da criação.


O MITO DA  CRIAÇÃO


            Certo dia Olorum, o Senhor Supremo, resolveu criar o universo. Para isso, cada Orixá pegou alguma coisa para ajudá-lo.
           OGUM: O Senhor do ferro.  
           OXÓSSI: Senhor da caça. 
           OSSAIM: Senhor das folhas.
           OXUM: Mãe das águas doces.
           YEMANJÁ: A grande mãe das águas salgadas.
           XANGÔ: O Senhor do raio
           IANSÃ: a Senhora dos ventos e das tempestades.
           OXUMARÉ:, o Senhor da transformação, o belo arco-íris.
            A cada orixá citado foi mostrado a imagem para que os alunos pudessem ter conhecimento.



2ª aula: após lembrar do mito da criação africano juntamente com as imagens foi explicado que essas divindades tem suas energias presentes na natureza. A partir deste momento foi  solicitado aos alunos que escolhessem 3 divindades e que fizessem uma paisagem.




          









  3ª aula: as paisagens foram mostradas e os alunos tinham que  tentar identificar no desenho do outro quais orixás estavam representados naquelas paisagens.





Apresentei em forma de contação como se deu a criação do homem e da mulher.


O MITO DA CRIAÇÃO DO HOMEM E DA MULHER

            Mas os orixás, sentindo que faltavam o homem e a mulher, resolveram criá-los. Cada orixá trouxe para Olorum uma parte daquilo que escolheu, mas era impossível criar o homem com essas partes. Lembraram se então da lama que era produzida da dança da água com o ar. Mas essa lama não se deixava tocar. Chorava, e os orixás tinham medo ou dó de tocar nessa lama.

            Logo após a leitura os alunos copiaram este parágrafo do texto e tentaram ilustrá-lo.


            4ª aula: realizou-se a cópia do parágrafo seguinte do texto:

            Um dia, porém, chegou Iku, a morte, que não teve a menor pena da lama e disse para Olorum: “eu arranco um pedaço dessa lama e, com ela, você moldará o homem e a mulher”. Olorum concordou. Iku arrancou um pedaço da lama que chorava e gemia. Mas ela (Iku) não se comoveu e, entregando para Olorum o pedaço, chamou-o de Orixalá. Iku, pegando a lama, moldou o corpo do homem e da mulher, soprou o seu hálito e eles vieram à vida. Assim foram feitos o homem e a mulher. Mas como a lama ainda chorava, o generoso Olorum, fez um acordo com a lama de que um dia, com a morte, devolveria o seu sopro e, consequentemente, devolveria à lama o que havia arrancado para criar o homem e a mulher.

            Após a explicação foi solicitado que os alunos ilustrassem este parágrafo.



            5ª aula: para verificar o conhecimento apreendido os alunos com consulta a seus cadernos ganharam uma cruzadinha para resolver. Conferimos os resultados juntos em sala de aula.



            6ª aula: chegamos enfim no mito da imortalidade africana, realizei a leitura e conversamos sobre o mito.

O mito da imortalidade

            Em um determinado momento, o mundo estava quase lotado de idosos, jovens, e nada mais. Os jovens revoltaram-se e se dirigiram para Olorum dizendo que os idosos não os deixavam fazer nada e dominavam o mundo.

            O Senhor Supremo disse que estava cansado disso. Novamente é Iku quem resolve o novo enigma. Após ter falado com Olorum, resolvem o problema fazendo chover sobre a terra por dias e noites. O mundo foi se enchendo de água e os jovens foram subindo nas maiores árvores, enquanto os idosos, não conseguindo subir nelas, acabaram morrendo afogados.

            Após aquele dia, aconteceu uma grande festa na terra porque a imortalidade havia acabado. É por isso que, na tradição africana, o tempo segue o seu ritmo: o velho morre para dar oportunidade ao jovem que vem.

            Alguns alunos lembraram do dilúvio na tradição cristã. Conversamos sobre o que é dar lugar para o novo? A importância também da experiência das pessoas mais velhas e da vivacidade do mais jovem.

            7ª aula: os alunos receberam este mito em parágrafos e se reuniram em pequenos grupos onde cada grupo iria ilustrar o  mito da imortalidade da maneira como o grupo entendeu.





















            8ª aula: realizamos uma avaliação dos conhecimentos apreendidos.




            9ª aula apresentei a música Mãe África, e um vídeo sobre a África.
https://www.youtube.com/watch?v=W_xcXuO0o-I ( este link não consegui colocar o vídeo).


            Conversamos sobre a África ser o berço da humanidade, sua beleza, cultura e religião, que o respeito independentemente de cor, raça ou religião sempre deve existir.

            10ª aula: para finalizar elaboramos uma lista de valores éticos, importantes para uma boa convivência saudável, respeitosa entre as pessoas das diferentes crenças religiosas.

            Cada aluno pode após esta elaboração escolher 2 palavras e dentro do que aprendeu neste trimestre fez um acróstico. Que foi socializado com os colegas e exposto no mural da escola.


Espero que aproveitem esta aula sobre a matriz africana.

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