21 de maio de 2014

TANABATA - 4º ANO

Para trabalhar a matriz oriental escolhi o seguinte texto para iniciar:


Um homem morava no deserto
e tinha quatro filhos ainda adolescentes.
Querendo que seus filhos aprendessem a valiosa lição
da não precipitação nos julgamentos, os enviou para uma terra onde
tinha muitas árvores. Mas ele os enviou em diferentes épocas do ano.
O primeiro filho foi no inverno, o segundo na primavera, o
terceiro no verão e o mais novo foi no outono.
Quando o último deles voltou, o pai os reuniu e pediu que
relatassem o que tinham visto.
O primeiro filho disse que as árvores eram feias, meio curvadas,
sem nenhum atrativo.
O segundo filho discordou e disse que, na verdade, as árvores eram muito verdes e cheias
de brotinhos, parecendo ter um bom futuro.
O terceiro filho disse que eles estavam errados, porque elas estavam repletas de flores,
com um aroma incrível e uma aparência maravilhosa!
Já o mais novo discordou de todos e disse que as árvores estavam tão cheias de frutos
que até se curvavam com o peso, passando a imagem de algo cheio de vida e substância.
Aquele pai então explicou aos seus filhos adolescentes que todos eles estavam certos.
Na verdade, eles viram as mesmas árvores em diferentes estações daquele mesmo ano.
Ele disse que não se pode julgar uma árvore ou pessoas por apenas uma estação ou uma
fase de sua vida.
Ele explicou que a essência do que elas são, a alegria, o prazer, o amor, mas também as
fases aparentemente ruins, que vem daquela vida, só podem ser medidas no final da jornada
quando todas as estações forem concluídas.
Se você desistir quando chegar o “inverno”, você vai perder as promessas da primavera, a
beleza do verão e a plenitude do outono.
Não permita que a dor de apenas uma “estação” destrua a alegria de todas as outras. Não
julgue a vida por apenas uma fase. Persevere através dos caminhos dificultosos, épocas melhores
virão com certeza!
Viva de forma simples, ame generosamente, importe-se profundamente, fale educadamente
e deixe o restante com Deus! A felicidade mantém você doce. As dores mantêm você
humano. As quedas mantêm você humilde. O sucesso mantém você brilhando. As provações
mantêm você forte. Mas somente Deus te mantém prosseguindo.
História enviada por Ângelo Gobbi / Florianópolis - SC


Logo após a leitura os alunos fizeram a ilustração. Depois vimos de que origem era o texto e conversei com os alunos e contei que não havíamos visto ainda as tradições religiosas do oriente. Então contei como se deu a formação do Japão.

O Mito da Criação

Conta que os deuses haveriam convocado dois seres divinos à existência, um chamado IZANAGI (macho) e outro IZANAMI (fêmea), e haveriam lhes ordenado para que criassem seus primeiros lares. Deram a eles de presente uma lança decorada com jóias, a lança do céu, ou AMENONUHOKO. Assim, estas duas divindades seriam a ponte entre terra e céu. Izanagi e Izanami haveriam agitado o mar com a lança do céu e formado assim uma primeira ilha, a ONOGORO-SHIMA. Haveriam eles descido do céu por uma ponte e morado na ilha, onde tiveram filhos. Estes filhos eram porém imperfeitos, e não eram considerados deuses, eles colocaram os filhos em um barco, o qual foi arrastado pela correnteza. Tendo sido repreendidos pelos deuses por causa do seu erro, Izanagi e Izanami casaram-se novamente e deste casamento nasceram OHOYASHIMA, ou seja, as oito principais ilhas do Japão.
Segundo o mito, Izanagi e Izanami haveriam gerado ilhas e filhos de sua união, até que Izanami veio a morrer quando deu à luz KAGUTSUCHI, a encarnação do fogo. Este foi, porém, morto pelo pai encolerizado e a partir desta morte surgiram muitas outras divindades. 

http://www.infoescola.com/mitologia/mitologia-japonesa/

Para casa os alunos levaram a seguinte pesquisa: que religiões existem no Japão?
As respostas foram: 
As principais religiões no Japão são o Xintoísmo (51,3%), o Budismo(38,3%), Cristianismo (1,2%) e outras (9,2%) dentre estas esta o SGI. Muitos japoneses consideram-se tanto xintoístas quanto budistas, o que explica o fato de as duas religiões terem, somadas, aproximadamente 194 milhões de membros, ou seja, mais do que a população total do Japão, de cerca de 127 milhões de pessoas. Nos sentimentos religiosos da maioria dos japonesas, o Xintoísmo e o Budismo coexistem pacificamente. Para a maioria da população, filiação religiosa não significa freqüência e adoração regulares. A maioria das pessoas visitam os santuários xintoístas (jinja) e templos budistas (oterá) como parte dos eventos anuais e rituais de passagem dos indivíduos.
http://religiaonanoda.blogspot.com.br/
Expliquei aos alunos o significado da palavra Xintoísmo, mostrei alguns símbolos da principais religiões: 
BUDISMO

CRISTIANISMO

SGI

XINTOÍSMO


Após conhecermos os símbolos, contei a lenda da festa do Tanabata Matsuri.



O festival de Tanabata tem origem numa lenda japonesa. Orihime era a filha de um poderoso deus do reino celestial. Certo dia, estando diante de seu tear, viu passar um rapaz conduzindo um boi, e por ele se apaixonou. O pai consentiu o casamento dos dois jovens. Porém, casados e totalmente dominados pela paixão, ambos descuidaram-se de seus afazeres normais. Foi então que, o pai indignado, ordenou que eles vivessem separados, um de cada lado da Via Láctea. Ele permitiria que, entretanto, o casal se reencontrasse apenas uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês, se cumprisse à ordem do pai, que era atender os pedidos vindos da Terra. Segundo a mitologia japonesa, Orihime é representada pela estrela Vega, e o rapaz, a estrela Altair, do lado oposto da galáxia, que realmente só se encontram uma vez por ano.

Os alunos ouviram a canção cantada somente por crianças que é tradicional.

Sasa no ha sara-sara
Nokiba ni yureru
Ohoshi-sama kira-kira
Kin Gin sunago.

TRADUÇÃO:

As folhas do bambu, murmuram, murmuram
balançam as pontas.
As estrelas brilham, brilham,
grãos de areia de ouro e prata.

https://www.youtube.com/watch?v=FyQ0U11jCJc




Realizamos a dobradura da estrela e junto com os alunos confeccionamos um mural do Xintoísmo, com os TANZAKUS e ramos de bambu.










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