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Desde tempos imemoriais
que as aves, pela sua imagem indissociável ao céu, assumem um valor
sobrenatural de ligação entre a Terra e o Céu, um papel no diálogo entre o
Homem e Deus; sua plumagem colorida e canto melodioso inspiraram mitos imortais e universais,
criados por civilizações por todo o mundo.
Pavões são aves
extremamente simbólicas, fazendo com que suas penas também o sejam. O
significado exato costuma depender da cultura e do contexto no qual as penas aparecem.
O pavão é símbolo da
visão de Deus pela alma. Considerado animal sagrado na Índia, muitas dessas
aves andam livremente pelos templos hindus e são alimentados por seus
sacerdotes.
O pavão representa a
primavera, o nascimento, longevidade e amor. Pela sua beleza ganhou um lugar
importante quer nos templos asiáticos, quer nos jardins reais e paços ducais,
quer mesmo nas lendas muçulmanas, às portas do Paraíso onde engoliu o próprio
Diabo.
O pavão é conhecido
pela ave dos cem olhos; o padrão da sua cauda representa as estrelas, o
universo, o sol, a lua e o “cofre do Céu” e em seu corpo estão escondidos
os 12 signos do zodíaco; Sua coroa semelhante a uma estrela de seis pontas
simboliza sua magnitude e poder.
É símbolo da
eternidade, da imortalidade e da totalidade. É emblema da sabedoria e do
conhecimento oculto. Na Índia é considerado um animal sagrado e está presente
em todas as manifestações das divindades hindus.
Na mitologia grega e
romana aparece como a ave protegida da deusa Hera, ou Juno; o povo chinês
acreditava que um olhar do pavão poderia engravidar uma mulher.
O pavão é o símbolo da
beleza, da prosperidade, da realeza, do amor, da compaixão, a alma e a
paz.
Segundo a crença hindu,
a deusa do conhecimento e da sabedoria, Saraswati, monta um pavão e o deus
Indra, transforma-se num pavão.
No budismo o pavão
simboliza a pureza e as suas penas são usadas em cerimônias de
purificação. A tradição antiga considera o pavão como um símbolo de
fidelidade, que por morte da sua companheira morre de tristeza ou vive para
sempre só.
Apesar de que na
Europa, na idade média, o seu grito e penas já tenha sido considerado um mau
presságio, encontrar uma pena de pavão traz boa sorte, harmonia, serenidade e
paz de espírito.
No horário místico
corresponde ao crepúsculo. Foi sagrado na China e é a ave nacional da Índia.
No budismo tibetano, o
pavão representa “bodisatva” aquele que transcende os venenos da inveja, raiva
e ciúmes, capaz de conviver entre as pessoas ajudando-as a obter a iluminação,
sem se deixar contaminar pelo universo mundano.
Budistas associam penas de pavão com abertura, pois estas aves exibem tudo ao abrirem suas caudas. Os budistas também atribuem enorme significância ao fato dessa ave se alimentar de plantas venenosas, representando a habilidade de crescer face ao sofrimento.
Budistas associam penas de pavão com abertura, pois estas aves exibem tudo ao abrirem suas caudas. Os budistas também atribuem enorme significância ao fato dessa ave se alimentar de plantas venenosas, representando a habilidade de crescer face ao sofrimento.
Assim, nós, que defendemos
a paz, não podemos nos envenenar com a raiva, mas sim olhar com equanimidade
aqueles que praticam a violência, permanecendo atentos ao nosso estado mental.
Se durante esse
processo começarmos a sentir raiva, precisamos retroceder e recuperar a
perspectiva compassiva. Sem raiva, talvez possamos transpor a terrível ilusão
que faz brotar a violência e o sofrimento infernal.
Na tradição sufi, ramo
esotérico do islamismo, o pavão possui um importante papel iconográfico. Os
sufis contam que quando a Luz se manifestou e o Self (o Eu Superior) viu sua
imagem refletida num espelho pela primeira vez, ele viu um pavão com sua cauda
aberta. Uma bonita história que tenta traduzir a magnificência e a pureza do Eu
Superior através da figura do pavão.
Esta passagem tenta
demonstrar a esplendor e a pureza do Eu Superior através da figura do pavão. Ainda
segundo o sufismo os “olhos” presentes na cauda da ave representam virtudes
espirituais pelo “Olho do Coração”.
Os "olhos" na
cauda do pavão abrem um leque de interpretações e significados. Ainda segundo o
sufismo, eles representam as virtudes espirituais irradiadas pelo Olho do
Coração.
Na Índia Antiga o pavão
era um símbolo místico. A mitologia Hindu associa o pavão à deusa Lakshmi.
As penas, sendo assim, representam suas qualidades: bondade, paciência e boa
sorte.
Também Saraswati, a
deusa hindu da sabedoria, da fala, da poesia, da música e dos estudos, é
quase sempre representada ao lado de seu pavão, algumas vezes ao lado de seu
cisne.
Na simbologia de Saraswati o pavão possui, surpreendentemente, um significado diferente de todos os outros. Com sua linda plumagem, ele representa o mundo em toda sua glória e a ignorância (avidya) advinda da ilusão mundana.
Já o cisne, com sua
capacidade de separar o leite das águas, representa a sabedoria (viveka) e o
conhecimento (vidya). O pavão sentado perto de Saraswati está ansiosamente
esperando para servi-la como veículo.
Mas, por seu
comportamento imprevisível e seu humor influenciado pelas mudanças do tempo,
Saraswati utiliza o cisne como veículo e não o pavão. Com isso, a imagem tenta
dizer que devemos superar a ansiedade e a inconstância para utilizar bem o
conhecimento.
Segundo a lenda, certa
vez, o mais formoso dos pavões, ao ouvir encantado Krishna tocar sua doce
flauta, ofereceu-lhe de presente a sua mais bela pena.
E desta pena Krishna
fez uma coroa, que a usava como símbolo do domínio da vaidade, da luxúria, da
beleza e da concupiscência, pela força e pela luz da consciência.
Na Índia, o pavão já
foi considerado um animal sagrado. Quem matasse um deles seria condenado à
morte. Hoje esse costume não existe mais, porém dezenas de pavões andam
livremente por certos templos hindus e são alimentados pelos sacerdotes.
Durante o inverno,
todos os anos, as penas do majestoso pássaro caem para que nasçam outras novas,
recuperando seu total esplendor durante a primavera. Tornando-se assim, símbolo
de renovação, imortalidade e renascimento para muitas culturas.
Na Grécia Antiga, o
pavão era a ave padroeira da deusa Hera (deidade que regia o casamento). De
acordo com o mito, ela colocava "olhos" nas penas dos pavões,
simbolizando o conhecimento de quem tudo vê e a sabedoria dos céus.
Conta a mitologia
grega, que o pavão era o animal de Hera e ganhou suas marcas em formato de olho
graças a uma mulher chamada Io. Ela era sacerdotisa de Hera, esposa de
Zeus.
Zeus se apaixonou por
Io e a transformou em uma novilha para protegê-la da ira e do ciúme de Hera.
Hera ficou desconfiada e pediu a Zeus que lhe desse a novilha de presente. De
posse do animal, Hera incumbiu Argus, homem coberto de olhos, de vigiar Io.
Zeus, então, enviou um mensageiro para resgatar a sacerdotisa, matando
Argus.
Como uma homenagem a
Argus, Hera colocou seus "olhos" no pavão. Hera criou o pavão a
partir dos cem olhos de Argus, seu guarda fiel.
Foi-lhe também
atribuído o dom de prever a chuva com a sua dança nupcial e por esta razão
chegaram a ser sacrificados para trazer a chuva e tornar as terras e mesmo as
pessoas férteis.
Eles acreditavam que
por essa ligação com a deusa Olímpica, seu corpo não se corrompia após a morte.
Tal crença foi inclusive adotada pelo cristianismo até a época de Santo
Agostinho.
Na China e no Vietnã o
pavão é signo de fertilidade e prosperidade.
O alcorão refere que a
linguagem das aves, conhecida pelo rei Salomão, é a mesma dos anjos e simboliza
o conhecimento espiritual.
Já a Teosofia considera
o pavão como um “Emblema da inteligência de cem olhos e, também, da Iniciação.
É a ave da Sabedoria e do Conhecimento Oculto", segundo o Glossário de
Helena Blavatsky.
O "olho" da
pena do pavão também é associado à glândula pineal, fazendo dele um símbolo
sagrado. Ainda hoje essas penas são usadas como talismãs e proteção contra maus
espíritos.
No Xamanismo, o Pavão
simboliza bondade, generosidade e magia. Ele possui um antigo conhecimento de
magia e é capaz de trabalhar a energia para criar tudo o que quer. No
Xamanismo Ancestral existe o Clã do Pavão, que rege o elemento Fogo.
Este animal também nos
trás o senso da bondade, generosidade e capacidade de abarcar a vida.
Passáro grande e
gracioso, o Pavão vive num corpo no plano terrestre e que precisa aproveitar
sua capacidade para manifestar prazeres hedonísticos. Sua forma é bela, mas ele
não esta apegado a ela: estar em um corpo é como usar uma máscara. Quem domina
a arte de pôr e tirar as máscaras quando bem entende vive no corpo com uma
liberdade que lhe permite brincar.
O Pavão tem muito a nos
ensinar sobre humor, o tipo de humor que nos impede de abusar do poder. Possui
o dom de pegar as coisas no ar. E como todos os dons, deve ser tratado com
gratidão e alegria. Pois há uma grande generosidade nesse modo de ser.
De acordo com o site My Power Animals, a Ordem do Pavão Branco é uma
antiga ordem de xamãs que descendem do planeta Vênus. Tanto o pavão branco
quanto um xamã altamente reverenciado, chamado Senhor Sananda, são considerados
os símbolos dessa ordem. Os pássaros são vistos como protetores, já que eles
guardam o templo da ordem em Vênus e gritam para alertar quando alguém está se
aproximando.
lindos amei estou super grata
ResponderExcluirGostei muito! Tem me ajudado bastante esses temas com minha turma do 4º ano.
ResponderExcluirMeus cumprimentos à tão relevante matéria.Fico muito feliz aprendendo cada vez mais.Obrigada.
ResponderExcluirInteresante gostei legal
ResponderExcluirExcelente trabalho informativo.
ResponderExcluirRosinete Souza amei o significado do pavão sou paixaonada por pavão .muito lindo o pavão.
ResponderExcluirGostei
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