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16 de março de 2023

MITOS INDÍGENAS - ALGUMAS NARRATIVAS

OBS: logo colocarei as referências dos mitos. 

                                                                      A ORIGEM DO FOGO

Os Ticuna, que vivem no Amazonas (Brasil), no Peru e na Colômbia, contam que antigamente os homens não conheciam nem a mandioca-doce nem o fogo.

Uma velha aprendeu com as formigas o segredo da mandioca e, seu amigo, um pássaro noturno, o curiango, lhe fornecia o fogo.

O pássaro guardava o fogo no bico e o usava para cozinhar a mandioca, ao invés de aquecê-la no sol ou nas axilas.

Os homens achavam deliciosos os beijus que a velha fazia e queriam a receita. Ela dizia que os cozinhava simplesmente com o calor do sol. Mas o pássaro achou graça da mentira dela e não aguentou: deu uma gargalhada!

Logo todos viram as chamas saindo de seu bico. Os homens decidiram abrir à força o bico do pássaro e assim roubaram-lhe o fogo.

É por causa disso que hoje em dia os curiangos têm um bico grande. Foi a partir desse dia que os homens puderam usar o fogo para cozinhar!

 

 A ORIGEM DO MILHO

É herói Guarani. Em uma época de grande fome, dois guerreiros procuravam algo o que comer quando se depararam com um enviado de Nhandeiara - o grande espírito.

Este disse-lhes que a solução para a sua procura inútil seria uma luta de morte entre os dois.

O vencido seria sepultado no local em que caísse e logo do seu corpo brotaria uma planta cujas sementes, replantadas e depois comidas resolveriam para sempre o problema com alimentação.

Assim fizeram. Avati, um dos dois, foi morto e de sua cova nasceu a planta de milho.

 

 MITO DA CRIAÇÃO

Tupã, com a ajuda da deusa Araci, haveria descido à terra em um monte da região do Aregúa (Paraguai) e deste local, haveria criado tudo que existe (mares, florestas, animais, etc) e colocado as estrelas no céu.

  

MITO DOS PRIMEIROS HUMANOS

Os primeiros humanos criados por Tupã teriam sido Rupave (O pai dos povos) e Sypave (a mãe dos povos) e estes teriam dado origem a um grande número de filhas e a três filhos, chamados Tumé Arandú (o sábio), Marangatu (o líder generoso) e Japeusá (mentiroso), este último era ladrão e trapaceiro e teria se matado, porém foi ressuscitado como um caranguejo, e deste então todos os caranguejos foram amaldiçoados para andar para trás como Japeusá.

MITO DA CRIAÇÃO DA NOITE

Segundo este mito, nas aldeias de todo o mundo, era sempre dia, e os indígenas nunca paravam de caçar, e as mulheres de limpar e cozinhar.

O sol ia do leste ao oeste e depois fazia o caminho contrário, do oeste ao leste, sempre sem nunca desaparecer.

Um dia, porém, quando Tupã havia saído para caçar, um homem tocou no frágil Sol para saber como funciona, e o Sol se quebrou em mil pedaços.

A partir de então, as trevas reinaram nas aldeias.

Tupã, então, inconformado, recriou o Sol, mas este não voltava mais do Oeste para o Leste, então Tupã criou a Lua e as estrelas para iluminar a noite.

  

VITÓRIA-RÉGIA (OU MUMURU)

A estrela dos lagos Maraí era uma jovem e bela índia, que amava muito a natureza e tinha o hábito de contemplar chegada da Lua e das estrelas.

Nasceu nela, então, um forte desejo de se tornar uma estrela. Perguntou ao pai como surgiam aqueles pontinhos brilhantes no céu e, com grande alegria, soube que Jacy, a Lua, ouvia os desejos das moças e, ao se esconder atrás das montanhas, transformava-as em estrelas.

Muitos dias se passaram sem que a jovem realizasse seu sonho. Maraí resolveu, então, aguardar a chegada da Lua junto aos peixes do lago. Assim que ela apareceu, Maraí, encantada com sua imagem refletida na água, foi sendo atraída para dentro do lago, de onde nunca mais voltou.

A pedido dos peixes, pássaros e outros animais, Maraí não foi levada para o céu. Jacy transformou-a em uma bela planta aquática, que recebeu o nome de vitória-régia (ou mumuru), a estrela dos lagos.

  

O MITO DA MANDIOCA

O pajé de uma aldeia tem um sonho com uma planta desconhecida, e sabe que é uma profecia.

Logo depois, nasce Mani, uma menina de pele branca, como nenhum indígena jamais tinha visto. A indigenazinha morre misteriosamente e, na terra onde é enterrada, nasce uma planta, cuja raiz é tão branca quanto a pele da menina.

 

  MITO DE CRIAÇÃO GUARANI- O SOPRO DE TUPÃ.

No princípio o deus Tupã morava no vazio, numa escuridão sem fim. Primeiro, Tupã criou o céu e as estrelas, onde fez sua morada e abaixo criou as águas.

Depois, Tupã desceu lá de cima, em grande redemoinho. Logo que Tupã tocou as águas, o sol surgiu no arco do céu.

Quando o sol chegou ao ponto mais alto, seu calor rachou a pele de Tupã. E finalmente, quando o sol desapareceu do outro lado do céu, a pele de Tupã caiu do corpo dele, se estendeu sobre as águas e formou as terras.

No dia seguinte, o sol apareceu no céu e percebeu a mudança. O sol chegou novamente ao ponto mais alto e Tupã pegou um pouco de barro, amassou e moldou o primeiro Homem.

Soprou-lhe o nariz e lhe deu vida. O Homem cresceu e ficou grande como Tupã, mas não falava. O grande deus soprou em sua boca e começou a falar.

Então, Tupã soprou na orelha esquerda a inteligência e na orelha direita a sabedoria.

Na cabeça do Homem, Tupã desenhou os raios e trovões sagrados que são os de pensamentos.

No corpo do Homem, Tupã colocou as águas das emoções e dos desejos que se movimentam para criar ou para destruir. Por fim, Tupã deu ao Homem o poder de escolher entre criar e destruir.

Terminada a criação, Tupã voltou para o céu montado em seu redemoinho.

 

 MITO INDÍGENA DO SOL

Antigamente, muito antigamente, no tempo em que vivia entre os Tucuna, o Sol era um moço forte e muito bonito.

Por ocasião da festa de Moça-Nova, o rapaz ajudava sua velha tia no preparo da tinta de urucu.

La à mata e trazia uma madeira muito vermelha, chamada muirapiranga. Cortava a lenha para o fogo onde a velha fervia o urucu para pintar os Tucuna.

A tia do moço era muito mal-humorada, estava sempre a reclamar e a pedir mais lenha. Um dia o Sol trouxe muita muirapiranga e a velha tia ainda resmungava insatisfeita.

O rapaz resolveu então que acabaria com toda aquela trabalheira. Olhou para o fogo que ardia, soltando longe suas faíscas. Olhou para o urucu borbulhante, vermelho, quente.

Desejou beber aquele líquido e pediu permissão à tia que consentiu:

- Bebe, bebe tudo e logo, disse zangada.

Ela julgava e desejava que o moço morresse. Mas, à medida que ia bebendo a tintura quente, o rapaz ia ficando cada vez mais vermelho, tal qual o urucu e a muirapiranga.

Depois, subindo para o céu, intrometeu-se entre as nuvens. E passou desde então a esquentar e a iluminar o mundo.

  

PIRARUCU

Os mitos indígenas contam ainda também a história do Pirarucu, um peixe das águas doces que pode chegar a três metros de cumprimento.

O mito diz que Pirarucu era um guerreiro das tribos Uaias e um jovem muito vaidoso. 

Apesar de ser um excelente guerreiro, gostava de se gabar por ser filho do chefe da aldeia. Ele falava mal dos deuses cultuados por seu povo e quando seu pai saía da aldeia, fazia mal às pessoas sem motivos. 

Certo dia, o deus Tupã, deus dos deuses, consternado com as atitudes de Pirarucu, mandou uma tempestade enquanto o jovem pescava.

Todas as outras pessoas fugiram e o jovem apenas zombou da tempestade. Pirarucu então caiu no rio onde pescava, o rio Tocantins, e foi transformado no peixe.

 

 A ÁGUA SURGIU PELA TARTARUGA HÁ MUITOS ANOS ATRÁS

Os antigos tomavam água do cipó, cortavam todos os dias sem parar, eles bebiam com a família.

Os homens e as mulheres enchiam a cuia grande com a água do cipó no mato e traziam para casa. Os antigos foram caçar longe, na volta encontraram a tartaruga no mato, ela estava no barranco alto.

Eles perguntaram para a tartaruga:

- Você sabe fazer água?

A tartaruga respondeu:

- Eu sei fazer água.

Aí ela começou a cavar o chão, porque a tartaruga tinha casco duro e afiado. A tartaruga enorme falava na língua dos antigos, na mesma língua. Ela foi cavando um buraco até encontrar água.

A tartaruga foi cavando e aumentando a água, bem rápido. Eles voltaram do mato para casa e chegaram. Eles contaram para as pessoas que a tartaruga fez surgir a água e eles acreditaram.

Logo pararam de beber a água do cipó. Eles ficaram contentes porque a tartaruga fez os rios. A tartaruga é que origem à água.

Versão de Peranko Panará

  

MITO DO GUARANÁ

A história diz que na aldeia dos Munducurucânia, havia um casal com um único filho, muito bom e querido por todos. O jovem era a promessa da aldeia. Acreditava-se que ele se tornaria um grande guerreiro.

Então, Jurupari, o deus do mal, ficou com inveja do menino e resolveu lhe tirar a vida. Ele se transformou numa serpente e atacou a criança enquanto este, distraído, colhia frutas.

Então Tupã, rei dos deuses, vendo a tristeza da mãe, mandou que os olhos da criança fossem enterrados. Dali, surgiu o guaranazeiro, cujos fritos tem enorme semelhança com os olhos humanos.

 

 A ORIGEM DO RIO AMAZONAS

Há muitos anos, a Lua e o Sol se apaixonaram. O Sol ficou encantado pela beleza da Lua e a iluminava de paixão.

A Lua ficou sonhando com o calor do Sol e chorava baixinho querendo se aproximar do seu amado. Era um amor bonito que dava gosto de ver, mas eles se amavam à distância.

O Sol, então, mandou os passarinhos pedirem a Lua em casamento. Aquela revoada de pássaros fez um voo fantástico até encontrar a Lua.

Chegaram e pediram a Lua em casamento numa linda canção.

A Lua ficou cheia de alegria. O casamento foi marcado e o céu se enfeitou. As estrelas brilharam ainda mais e as nuvens criaram desenhos no firmamento. Seria uma festança que duraria um ano inteiro. Mas o mar não gostou e avisou aos noivos:

- O casamento de vocês não pode acontecer! Esse encontro vai destruir o mundo. O amor ardente do Sol vai queimar tudo e a Lua com as suas lágrimas inundaria toda a Terra.

Por isso não podem se casar. A Lua apagaria o fogo e o Sol evaporaria a água.

A Lua não se importou com isso. Queria casar de qualquer jeito. Estava completamente apaixonada. Mas o Sol ficou com medo. Amava muito a Lua, mas não queria destruir o mundo. Separaram-se, então, a Lua para um lado e o Sol para o outro.

Quando a Lua começava a aparecer no céu, o Sol ia embora. A Lua ainda tentou convencer o Sol. Mas não deu jeito. E ela tenta até hoje. E é por isso que, de vez em quando, a Lua e o Sol ficam juntos no céu. Mas aí tudo escurece e o Sol foge de sua amada.

Na primeira separação, a Lua chorou todo o dia e toda a noite. Foi então que as lágrimas correram por cima da Terra até o mar. Mas o mar, que estava zangado com a Lua, não deixou que as lágrimas se misturassem com as suas águas.

E, hoje, o mar ainda tenta acabar com as lágrimas da Lua com um estrondo forte, que os indígenas chamam de pororoca. As lágrimas da Lua é que deram origem ao nosso rio Amazonas.

 

COACYABA – O MITO DO PRIMEIRO BEIJA-FLOR

Os indígenas do Amazonas acreditam que as almas dos mortos se transformam em borboletas. Por este motivo, elas voam de flor em flor, alimentando-se e fortalecendo-se com o mais puro néctar, para suportarem a longa viagem até o céu. 

Coacyaba, uma bondosa indiígena, ficara viúva muito cedo, passando a viver exclusivamente para fazer sua filhinha Guanamby feliz. Todos os dias passeava com a menina pelas campinas de flores, entre pássaros e borboletas.

Desta forma pretendia minimizar a falta que o esposo lhe fazia. Mesmo assim, angustiada, acabou por falecer.

Guanamby ficou só e seu único consolo era visitar o túmulo da mãe, implorando que esta também a levasse para o céu. De tanta tristeza e solidão, a criança foi enfraquecendo cada vez mais e também morreu.

Entretanto, sua alma não se tornou borboleta, ficando aprisionada dentro de uma flor próxima à sepultura da mãe, para com isto permanecer a seu lado.

Enquanto isto, Coacyaba, em forma de borboleta, voava entre as flores, colhendo seu néctar. Ao aproximar-se da flor onde estava Guanamby, ouviu um choro triste, que logo reconheceu. Mas como frágil borboleta, não teria forças para libertar a filhinha.

Pediu então ao Deus Tupã que fizesse dela um pássaro veloz e ágil, que pudesse levar a filha para o céu. Tupã atendeu ao pedido, transformando-a num beija-flor, podendo assim realizar o seu desejo.

Desde então, quando morre uma criança índia órfã de mãe, sua alma permanece guardada dentro de uma flor, esperando que a mãe, em forma de beija-flor, venha buscá-la, para juntas voarem ao céu, onde estarão eternamente.

 

 

O MITO DO BEIJA-FLOR

Existiam dois povos morando à beira de um rio: um povo maior e um povo menor.

O povo menor plantava e pescava com muito afinco e, com isso, começou a ter mais peixe e maior abundância de alimentos. Isso gerou inveja no outro povo, que começou a hostilizar seus vizinhos, primeiro com palavras, depois com gestos e por fim declararam guerra àqueles que, mesmo em menor número, eram mais trabalhadores e eficientes.

Indiferentes a essas questões, dois jovens se enamoraram, porém cada qual pertencia a um povo. O rapaz pertencia ao povo menor e a jovem ao ovo maior.

Apesar da guerra, os dois se encontravam às escondidas, mas um dia os guerreiros do povo da jovem a seguiram e os encontraram namorando. Depois de espancar o rapaz e pensando que ele já estivesse morto, levaram a jovem de volta ao povo.

O Conselho dos Anciãos foi convocado para o julgamento da pobre jovem. A acusação era de traição, já que os povos estavam em guerra e eles acreditavam que ela passava segredos para o outro povo.

A sentença era de morte, mas por ela ser muito jovem e bela, convocaram os xamãs que resolveram transformá-la numa flor.

O rapaz, socorrido por seus guerreiros, sobreviveu ao espancamento e, tão logo se recuperou passou a procurar desesperadamente pela sua amada.

Ele chamou os anciãos e anunciou que iria até o outro povo em busca de seu amor. Eles não permitiram tremenda loucura e tentaram, de toda forma, impedi-lo.

Afirmaram que no seu povo existiam lindas moças que poderiam ser boa esposa e dar-lhe filhos fortes e saudáveis. O rapaz estava irredutível, e os anciãos, vendo tamanha decisão e tristeza do jovem, chamaram os xamãs para ajudá-los.

Depois de muito pensar e sabendo que a jovem amada tinha sido transformada em flor, decidiram transformá-lo em Beija-Flor.

Segundo o mito, é por isto que o Beija-Flor vai de flor em flor, sempre tentando achar a sua amada.

6 de abril de 2022

MITOS AFRICANOS - NARRATIVAS RELIGIOSAS

 Objeto de conhecimento/conteúdo:  Mitos nas tradições religiosas.

Habilidades/objetivo:  

• Identificar mitos de criação em diferentes culturas e tradições religiosas, contemplando as quatro matrizes. 

• Reconhecer funções e mensagens religiosas contidas nos mitos de criação (concepções de mundo, natureza, ser humano, divindades, vida e morte), contemplando as quatro matrizes.


        Nesse trimestre estou trabalhando com esses mitos sagrados com os estudantes do 5º ano, cada parágrafo será representado por um estudante, o trabalho será realizado em grupo onde cada um terá que entrar em consenso com outro colega para produzir um trabalho coletivo. 

        Para cada um dos mitos fora explicados os significados das palavras, deixei aqui as palavras em negrito:


Ogum recompensa a generosidade da vendedora de acaçá

Dizia-se que noutros tempos existia uma senhora que vendia acaçá ou mingau pela manhã.

http://www.juntosnocandomble.com.br/2018/03/o-que-e-akasa-e-para-que-serve-o-acaca.html

Um dia essa senhora foi à casa de um entendido na “ciência”, que lhe mandou fazer um ebó para melhorar a vida.

https://lilamenez.wordpress.com/2016/11/27/ebo/

Passado algum tempo o general Ogum, apareceu com seu exército todo faminto e pediu à senhora que matasse a fome do seu pessoal.

Ela serviu atenciosamente e com abundância.

Então, quando a refeição acabou, como Ogum fosse justo e não tivesse dinheiro para pagá-la, dividiu com aquela senhora seu butim de guerra.

Foi assim que a vendedora de acaçá tornou-se riquíssima e divulgou o gesto de Ogum por toda a parte.

 https://fantasia.fandom.com/pt/wiki/Ogum

Ossaim imita um pássaro e casa com a filha do rei

Um rei decidiu casa a filha mais velha. Dá-la-ia em casamento ao pretendente que adivinhasse o nome de suas três filhas.

https://www.raizesespirituais.com.br/orixas/ossaim/

Ossaim aceitou o desafio. À tarde Ossaim saiu sorrateiro por trás do palácio. Subiu no pé de obi e se escondeu entre os galhos.

https://olorum.blogs.sapo.pt/3953.html

Quando as três princesas saíram para brincar, foram surpreendidas por um canto que vinha daquela árvore.

Era um canto de pássaro irresistível, de um passarinho das matas de Ossaim. Mas o canto era de Ossim, imitando o pássaro.

O passarinho brincou com as três princesas e conseguiu assim saber o nome delas. Aiô Delê, Omi Delê e Onã Inã, eram estes os nomes das princesas.

Ossaim então casou-se com a mais velha. Sua esperteza havia dado certo.

Ossaim desde então é identificado como o pássaro.

 

Nanã esconde o filho feio e exibe o filho belo

Conta-se que Nanã teve dois filhos. Oxumaré era o filho belo e Omulu, o filho feio.

https://espacorecomecar.com.br/nana/

Nanã tinha pena do filho feio e cobriu Omulu com palhas, para que ninguém o visse e para que ninguém zombasse dele.

https://www.raizesespirituais.com.br/caracteristicas-personalidade-filhos-omulu-obaluaie/

Mas Oxumaré era belo, tinha a beleza de homem e tinha a beleza de mulher. Tinha beleza de todas as cores.

https://encenasaudemental.com/personagens/oxumare-o-simbolo-da-continuidade-e-permanencia/

Nanã levantou bem no alto do céu com todas as cores e deixou lá encantar a Terra para sempre.

E lá ficou Oxumaré, à vista de todos.

Pode ser admirado em seu esplendor de cores, sempre que a chuva traz o arco-íris.


O mito da imortalidade

             Em um determinado momento, o mundo estava quase lotado de idosos, jovens, e nada mais.

         Os jovens revoltaram-se e se dirigiram para Olorum dizendo que os idosos não os deixavam fazer nada e dominavam o mundo.

             O Senhor Supremo disse que estava cansado disso. Novamente é Iku quem resolve o novo enigma. Após ter falado com Olorum, resolvem o problema fazendo chover sobre a terra por dias e noites.

https://blog.ori.net.br/iku-e-o-axexe/

 O mundo foi se enchendo de água e os jovens foram subindo nas maiores árvores, enquanto os idosos, não conseguindo subir nelas, acabaram morrendo afogados.

 Após aquele dia, aconteceu uma grande festa na terra porque a imortalidade havia acabado. É por isso que, na tradição africana, o tempo segue o seu ritmo: o velho morre para dar oportunidade ao jovem que vem.

 

Iemanjá salva o Sol de extinguir-se

Orum, o Sol, andava exausto. Desde a criação do mundo ele não tinha dormido nunca.

Orum já estava a ponto de exaurir-se, de apagar-se. Com seu brilho eterno, Orum maltratava a Terra. Ele queimava a Terra dia após dia.

Já estava calcinando e os humanos já morriam todos.

Os orixás estavam preocupados e reuniram-se para encontrar uma saída.

Foi Iemanjá que trouxe a solução. Ela guardava sob as saias alguns raios de Sol.

http://identidademandacaru.blogspot.com/2018/02/iemanja-orixa-da-geracao-02-de-fevereiro.html

Ela projetou sobre a Terra os raios que guardava e mandou o Sol descansar, para depois brilhar de novo.

Os fracos raios de luz formaram um outro astro.

FONTE: Mitologia dos orixás - Reginaldo Prandi

21 de setembro de 2021

Linguagens sagradas - 1º ano

Segue o modelo de atividade para ser utilizado tanto no ensino presencial quanto no ensino remoto.

Conteúdo: Linguagens Sagradas

Objetivo: • Conhecer alguns mitos de criação, orais e escritos, das quatro matrizes.

A atividade está baseada no mito contido na história Bruna e a galinha d'Angola, vamos conhecer?





Nas páginas 16 e 17 aparecem o mito da criação segundo  a aldeia africana da avó de Bruna:




Fonte: https://www.colegioequipejf.com.br/site/uploads/arquivos_conteudo_aluno/4916/160549603053kUpTiz.pdf

Vou fazer a contação da história com uma boneca negra - Bruna, um panô feito com E.V.A., um pombo em desenho e um lagarto.

Em seguida os estudantes irão montar a Galinha d'Angola responsável pela criação do mundo, pintando-a com tinta branca e cotonete.

Assim que fizer a atividade posto o resultado!!!

Agradeço de coração a sua visita ao blog e espero que as sugestões aqui postadas auxiliem no planejamento das suas atividades, mas, ressalto que é de extrema importância que o meu trabalho seja referenciado. A demanda de tempo em pesquisar e elaborar as atividades é muito grande por isso, quando utilizá-las faça as devidas referências por gentileza ou escreva que foram Adaptadas de Adriana Mello

13 de setembro de 2021

A flauta de Krishna - MITO


Todos os dias, Bhagavan Krishna costumava caminhar pelos jardins e declarar a todas as plantas:– Eu as amo!

As plantas se sentiam felizes e respondiam:

– Krishna, nós também te amamos!

Um dia, ele entrou no jardim de maneira diferente da de outros dias, estava aflito e caminhou até o Bambu.

Percebendo que Krishna estava diferente, o Bambu perguntou:

– O que há de errado?

– Tenho um pedido muito difícil para lhe fazer – respondeu Krishna.

– Diga-me, ficarei muito satisfeito em atender.

Krishna, então, disse-lhe:

– Preciso cortá-lo.

O bambu refletiu por algum tempo e respondeu:

– O Senhor não tem outra escolha? Não há outra saída?

– Não, não há outra saída.

Mesmo sem entender o que se passava, mas confiando em Krishna, o Bambu respondeu:

– Sendo assim, entrego-me a Ti.

Krishna então cortou o bambu, o lapidou e fez nele algumas profundas chagas. A cada movimento, o bambu sofria de dor.

Ao final do processo, o bambu percebeu então que havia sido transformado em uma flauta. Desde esse dia, nunca mais se separou da companhia de seu Senhor Bem-Aventurado.

Tempos depois, as outras plantas se enciumaram do Bambu que estava o tempo todo com Krishna e lhe perguntaram:

– Conte-nos o segredo para ser tão próximo de Krishna!

– O segredo é estar vazio por dentro e deixar que o sopro de vida do Senhor lhe preencha.

Fonte: https://www.historiasqueminhaavocontava.com/2021/04/22/a-flauta-de-krishna/




Agradeço de coração a sua visita ao blog e espero que as sugestões aqui postadas auxiliem no planejamento das suas atividades, mas, ressalto que é de extrema importância que o meu trabalho seja referenciado. A demanda de tempo em pesquisar e elaborar as atividades é muito grande por isso, quando utilizá-las faça as devidas referências por gentileza ou escreva que foram Adaptadas de Adriana Mello.

História sobre o roubo do fogo - Como contam os Ticuna?

Os Ticuna, que vivem no Amazonas (Brasil), no Peru e na Colômbia, contam que antigamente os homens não conheciam nem a mandioca-doce nem o fogo. Uma velha aprendeu com as formigas o segredo da mandioca e, seu amigo, um pássaro noturno, o curiango, lhe fornecia o fogo. O pássaro guardava o fogo no bico e o usava para cozinhar a mandioca, ao invés de aquecê-la no sol ou nas axilas. Os homens achavam deliciosos os beijus que a velha fazia e queriam a receita. Ela dizia que os cozinhava simplesmente com o calor do sol. Mas o pássaro achou graça da mentira dela e não aguentou: deu uma gargalhada! Logo todos viram as chamas saindo de seu bico. Os homens decidiram abrir à força o bico do pássaro e assim roubaram-lhe o fogo. É por causa disso que hoje em dia os curiangos têm um bico grande. Foi a partir desse dia que os homens puderam usar o fogo para cozinhar! Fonte: https://mirim.org/pt-br/como-vivem/mitos


Agradeço de coração a sua visita ao blog e espero que as sugestões aqui postadas auxiliem no planejamento das suas atividades, mas, ressalto que é de extrema importância que o meu trabalho seja referenciado. A demanda de tempo em pesquisar e elaborar as atividades é muito grande por isso, quando utilizá-las faça as devidas referências por gentileza ou escreva que foram Adaptadas de Adriana Mello

11 de setembro de 2021

Linguagens Sagradas - 2º ano

 Segue uma sugestão para o conteúdo: Linguagens Sagradas

Objetivo: Reconhecer alguns mitos e textos sagrados orais que descrevam e expliquem alguns fenômenos da natureza, nas quatro matrizes.



Para fazer download acesse o link: