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2 de fevereiro de 2015

02 DE FEVEREIRO - DIA DE IEMANJÁ

Dia 02 de fevereiro é comemorado no Brasil o Dia de Iemanjá, a Rainha do Mar e mãe de todas as cabeças.
IyemanjáYemanjáYemayaIemoja “Iemanjá” ou Yemoja, é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão Iorubá “Yèyé omo ejá” (“Mãe cujos filhos são peixes”), identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejibe e ossá, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba yemanja.
No Brasil, a orixá goza de grande popularidade entre os seguidores de religiões afro-brasileiras, e até por membros de religiões distintas.

Conheça as características dos filhos, oferendas e curiosidades sobre Iemanjá:

Rege a maternidade, e é mãe dos peixes que representam fecundidade. Seu dia é sábado.
Nas grandes “obrigações“, as oferendas são cabra branca, pata ou galinha branca.
Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento.
Sua cor é a branca com azul. A saudação é Odoyá! Usa um adécom franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão obébê – leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro.
0 tipo psicológico dos filhos de IEMANJÁ é imponente, majestoso e belo, calmo, sensual, fecundo e cheio de dignidade e dotado de irresistível fascínio (o canto da sereia).
As filhas de IEMANJÁ são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros (OMULU)

deusa das águas recorrem as mulheres que não conseguem engravidar. Porque é Iemanjáquem controla a fertilidade, simbolizada em seu corpo robusto, forte, em seus seios volumosos e na aparência sensual.
Qualidades, aliás, de todas as suas filhas, que se revelam excelentes como donas de casa, educadoras e mães. Não perdoam facilmente, quando ofendidas. São possessivas e muito ciumentas

Embora se mostrem tranquilas a maioria do tempo, podem se tornar verdadeiras feras quando perdem a paciência. Mais do que isso, não perdoam ofensas com facilidade. Intrometem-se tanto na vida dos familiares que chegam a sufocar. Mas a intenção é sempre das melhores.
IEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente o bori, por isso é considerada a mãe de todo as as cabeças independente do seu primeiro orixá.

Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 2 de Fevereiro, a maior festa do país em homenagem à “Rainha do Mar“. A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissãoaté ao templo-mor, localizado próximo à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas preferidas pela orixá como espelhosbijuterias,comidasperfumes e toda sorte de agrados e muitasrosas brancas.
Outra festa importante dedicada a Iemanjá ocorre durante a passagem de ano no Rio de Janeiro. Milhares de pessoas comparecem e depositam no mar oferendas para a divindade. A celebração também inclui o tradicional “Banho de pipoca” e as sete ondas que os fiéis, ou até mesmo seguidores de outras religiões, pulam como forma de pedir sorte à Orixá.
Na Umbanda, é considerada a divindade do mar, além de ser a deusa padroeira dos náufragos, mãe de todas as cabeças humanas.
Cquote1.svgIemanjá, rainha do mar, é também conhecida por dona Janaína, Inaê, Princesa de Aiocá e Maria, no paralelismo com a religião católica. Aiocá é o reino das terras misteriosas da felicidade e da liberdade, imagem das terras natais da África, saudades dos dias livres na florestaCquote2.svg
Jorge Amado
Além da grande diversidade de nomes africanos pelos quais Iemanjá é conhecida, a forma portuguesa Janaína também é utilizada, embora em raras ocasiões. A alcunha, criada durante a escravidão, foi a maneira mais branda de “sincretismo” encontrada pelos negros para a perpetuação de seus cultos tradicionais sem a intervenção de seus senhores, que consideravam inadimissíveis tais “manifestações pagãs” em suas propriedades. Embora tal invocação tenha caído em desuso, várias composições de autoria popular foram realizadas de forma a saudar a “Janaína do Mar” e como canções litúrgicas.
OBS: Neste encamanhamento tem uma atividade realizada com a orixá Iemanjá:
FONTE:http://www.raizesespirituais.com.br/02-fevereiro-dia-de-iemanja/

21 de janeiro de 2015

SÃO BENEDITO E OXÓSSI, O QUE TEM EM COMUM?


Oxóssi é a Divindade que está assentada no pólo positivo do Trono do Conhecimento.

Oxóssi irradia o Conhecimento e atua em nosso mental estimulando nossa busca pelo conhecimento no sentido mais amplo da palavra, de modo a expandir todos os Sentidos da nossa vida. Ele também ampara os seres que fazem bom uso dos conhecimentos adquiridos (aplicando-os para a própria evolução e no esclarecimento e auxílio ao próximo).

Por isso, Oxóssi representa o arquétipo do Grande Caçador: aquele que vai buscar e nos traz o Conhecimento e respostas inteligentes às nossas necessidades de aprendizado e evolução.

Oxóssi é o raciocínio hábil, o cientista, o doutrinador, é o grande comunicador, é a Divindade da Expansão.  
É o Senhor do Reino Vegetal, dono de todos os frutos, ervas e flores e de toda a vida existente nas florestas, campos, matas e adjacências. É o Senhor da fauna e da flora planetárias.

Seu primeiro Elemento de atuação é o Vegetal (que nos purifica, limpa, nutre e cura) e o seu segundo Elemento é o Ar (que leva, espalha e expande).

Seu culto é muito difundido no Brasil.

HISTÓRIA

Na África, Oxóssi era cultuado basicamente no Keto, Nação praticamente destruída no século XIX, pelas tropas do então rei do Daomé. Então, os filhos consagrados a Oxóssi foram vendidos como escravos no Brasil, nas Antilhas e em Cuba. E assim o culto a Oxóssi na África foi praticamente esquecido.

No Candomblé, Oxóssi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá. É a Divindade da caça, que vive nas florestas, e cujos principais símbolos são o arco e flecha (Ofá) e um rabo de boi (Eruexim). Foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados.

Sua dança, de ritmo “corrido”, simula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda. Ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, e que às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.

Em algumas lendas do culto de Nação, Oxóssi aparece como irmão de Ogum e de Exu.

Isso acontece porque Oxóssi, Ogum e Exu, entre outros atributos, são vistos na cultura africana como guerreiros e caçadores, pois sempre vão à frente, buscando e abrindo caminhos; embora Oxóssi seja o Caçador por excelência.

É importante lembrar que o culto de Orixá vem da África, de uma cultura tribal, na qual os homens saíam para caçar, quando não viviam da agricultura. E quem sai para caçar e trazer alimento para a tribo é o caçador.

Mas numa vida tribal, o caçador também é o guerreiro que enfrenta os perigos da floresta e depois traz alimento e informações para o grupo. O caçador não saía apenas para buscar alimento, ele também ia buscar conhecimentos (sobre a região, sobre os animais e a floresta, sobre outras tribos etc.). Havia situações em que ele ficava vários dias ausente, e na volta trazia as novidades, as notícias.

E quando um grupo saía para caçar, alguns se ocupavam com a caça, enquanto outros ficavam em torno, para proteger os caçadores. Estes que faziam a proteção atuavam como guardiões, tendo uma relação com o Orixá Exu, pois ficavam escondidos no escuro da mata, adiantavam-se, e depois passavam para os caçadores informações seguras sobre o caminho a seguir.

E cada vez que o grupo avançava, um seguia na frente. Era o mateiro, aquele que ia à frente do grupo com um facão para abrir o caminho, tendo uma relação com o Orixá Ogum. Tudo isso explica porque Oxóssi, Ogum e Exu são considerados irmãos, dentro do Culto de Nação. Eles têm Qualidades ou atributos semelhantes, que os tornam “irmãos”.

E sendo Ogum também o Orixá do ferro, foi dele que Oxóssi recebeu suas armas de caçador, nascendo aqui outro ponto de ligação entre ambos.

Vale lembrar que na Umbanda Oxóssi é sincretizado com São Sebastião. Mas no

Candomblé baiano está sincretizado com São Jorge e Ogum. Ocorre que tanto São Sebastião quanto São Jorge foram soldados do Imperador romano Diocleciano, que muito perseguiu e matou os cristãos. São Sebastião e São Jorge foram soldados, tinham a mesma função, e isso também lembra a questão da “irmandade” de Oxóssi e Ogum, tratada no culto de Nação. Por outro lado, São Jorge “caçava o dragão”, perseguiu-o até derrotá-lo, e isso nos mostra outro aspecto desse guerreiro e sua “irmandade” com Oxóssi.

Ainda dentro desses conceitos de Nação, Oxóssi vive na floresta, onde moram os espíritos.

Está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas lhe pertencem e representam os antepassados femininos. Relaciona-se com os animais em geral, imitando seus gritos com perfeição. É o caçador valente, ágil e generoso, que propicia a caça, domina a flora e a fauna e protege contra o ataque das feras. Gera o sustento, a alimentação abundante, o progresso e a riqueza para o homem. Neste sentido se diz que

Oxossi é o que basta a si mesmo.

A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum.

Diz um mito que Oxóssi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casou-se com ela e tiveram muitos filhos, mas depois se separaram e seus filhos foram criados por Oxum. Abandonado por Iansã, Oxóssi se torna “um solitário solteirão” que vive nas matas fechadas, também porque, como caçador, tinha de se afastar das mulheres, consideradas nefastas à caça.

Esses mitos revelam vários significados.

Primeiro, as principais Qualidades do Orixá Oxóssi estão voltadas para o campo mental, na busca e aprimoramento do Sentido do Conhecimento. E o seu domínio sobre as matas fechadas traz a simbologia da atuação desse Orixá sobre a pureza do vegetal, que nos limpa, cura e nos realimenta. Isso explicaria o “isolamento” e “a solidão” de Oxóssi.

Por outro lado, a união de Oxóssi com Iansã representa o papel direcionador e movimentador da Mãe Iansã no campo do Conhecimento (regido por Oxóssi), para facilitar a expansão e a difusão desse Conhecimento. E a união de Oxóssi com Oxum representa que a busca do Conhecimento precisa estar equilibrada pelo Amor (regido por Oxum), para nos trazer benefícios reais. Estes dois mitos evidenciam que os Orixás atuam de forma sistêmica, nada está isolado na Criação Divina.

As lendas eram uma forma de se perpetuar o culto aos Orixás. Falavam sobre as várias Qualidades de cada Orixá, mas de um modo que os “humanizava”, ou seja, as lendas falavam sobre o Orixá a partir de um ponto de vista humano, para que todas as pessoas que as ouvissem se identificassem com o relato, de forma que a tradição, que era passada de boca a ouvido, não fosse esquecida.

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